Vinicius Lisboa/Agência Brasil
Prefeitura decreta 3 dias de luto oficial pelas mortes na cidade
Nesta quarta-feira (6), uma forte chuva trouxe caos à cidade do Rio de Janeiro com início as 20h30 da noite. O Centro de Operações da prefeitura decretou, às 22h15, estágio de crise, considerando o terceiro nível em uma escala de três.
A cidade se deparou com muitos danos causados pelo temporal, principalmente nas zonas sul e oeste: árvores caídas e atravessadas em algumas das principais vias em razão dos fortes ventos que, no bairro de Copacabana, chegaram a 110 quilômetros por horas; sinais de trânsito funcionando precariamente; postes caídos e bolsões d’água nas principais ruas e avenidas.
Segundo informações da Agência Brasil, pelo menos cinco pessoas morreram em consequência da chuva, entre elas duas em Guaratiba, na zona oeste, e uma na favela da Rocinha, na zona sul.
As mortes ocorreram na região de Guaratiba, provocadas pelo desabamento de uma casa, onde moravam quatro pessoas. Mais duas ficaram feridas no mesmo acidente e foram levadas para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na zona oeste. Outra morte confirmada ocorreu após um deslizamento na Favela da Rocinha, uma das áreas mais atingidas pela chuva.
Além destes, houveram diversos deslizamentos de terra na Avenida Niemeyer, que liga os bairros do Leblon e São Conrado, na zona sul, e que deverá ficar interditada por todo o dia.
Na Avenida Niemeyer, um deslizamento provocou o desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia, que caiu no mar, sendo que, parte da ciclovia estava interditada desde abril de 2016, quando outra parte da ciclovia foi derrubada pelas ondas durante uma ressaca, matando duas pessoas.
Na mesma avenida, um deslizamento atingiu um ônibus, que acabou tombando sobre a ciclovia na encosta da pista.
Conforme dados do Alerta Rio, o sistema de monitoramento da prefeitura, o volume de chuva acumulado em apenas duas horas na noite desta, quarta-feira, foi maior do que o esperado para todo o mês de fevereiro em alguns pontos dessas regiões.
A prefeitura havia registrado até o início da manhã, cerca de 63 quedas de árvores pela cidade. Em alguns casos, os galhos caíram sobre a rede elétrica e provocaram falta de energia, principalmente em bairros das zonas oeste e norte. Vários pontos da cidade estão com grandes bolsões de água.
Com relação ao trânsito, o prefeito Marcelo Crivella afirma que a situação mais crítica é na Avenida Niemeyer, que só deverá ter as pistas liberadas dessa quinta-feira (07).
A avenida é uma das duas opções de ligação entre os bairros da zona oeste, como a Barra, e a zona sul. Nos dias úteis ela opera em mão única sentido zona sul, integrando o corredor reversível em direção ao centro.
