Amós Alexandre/ Globonews
Com pena mantida em 9 anos e 10 meses de prisão, é necessário que as possibilidades se esgotem na segunda instância para o cumprimento das penas.
Nesta quinta-feira (16), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve a pena do pecuarista José Carlos Bumlai em 9 anos e 10 meses de prisão em julgamento em Porto Alegre, na segunda instância dos processos da Lava Jato.
Ainda cabem recursos, segundo o site G1, para que penas sejam executadas, é necessário que as possibilidades se esgotem na segunda instância.
Bumlai foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, na primeira instância, por crimes de gestão fraudulenta e corrupção passiva. A defesa pedia que ele fosse inocentado.
José Carlos Bumlai foi preso em novembro de 2015, durante a 21ª fase da operação, em Brasília, mas está em liberdade por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao seu estado de saúde. O réu sofre de cardiopatia e trata de um câncer na bexiga.
O pecuarista foi acusado de obtenção de um empréstimo fraudulento no Banco Schahin no valor de R$ 12 milhões, em 2004. Ainda conforme o site G1, também foi condenado pela participação, solicitação e obtenção de vantagem indevida no contrato entre a Petrobras e o Grupo Schahin para a operação do Navio-Sonda Vitória 10.000. Na sentença, Moro destacou que o real beneficiário dos valores foi o Partido dos Trabalhadores (PT).
Além de José Carlos Bumlai, outros envolvidos tiveram as suas condenações decretadas, sendo eles:
José Carlos Bumlai (pecuarista) - gestão fraudulenta e corrupção passiva, 9 anos e 10 meses. Mesma pena da 1ª instância.
Eduardo Costa Vaz Musa (ex-gerente da Petrobras) - corrupção passiva, 6 anos. Processo ainda será julgado, separadamente, na segunda instância.
Fernando Falcão Soares (empresário) - corrupção passiva, 5 anos, 6 meses e 20 dias. Pena na 1ª instância foi de 6 anos. Fez acordo de colaboração premiada.
Fernando Schahin (ex-executivo do grupo Schahin) - absolvido. Na primeira instância, pena foi de 5 anos e 4 meses corrupção ativa.
João Vaccari Neto (ex-tesoureiro do PT) - corrupção passiva, 6 anos e 8 meses. Mesma pena da 1ª instância.
Milton Taufic Schahin (executivo do Grupo Schahin) - gestão fraudulenta e corrupção ativa, 9 anos e 10 meses, a mesma da 1ª instância.
Salim Taufic Schahin (executivo do Grupo Schahin) - gestão fraudulenta e corrupção ativa, 9 anos e 6 meses. Na 1ª instância, pena foi de 9 anos e 10 meses. Ele fez acordo de colaboração premiada, e vai cumprir em regime aberto.
Nestor Cerveró (ex-diretor da área Internacional da Petrobras) - corrupção passiva, 6 anos, 1 mês e 10 dias. Na primeira instância, pena foi de 6 anos e 8 meses. Também fez acordo de colaboração premiada.