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Opinião Terça-feira, 25 de Setembro de 2018, 19:15 - A | A

Terça-feira, 25 de Setembro de 2018, 19h:15 - A | A

Opinião

A Alma do negócio

Por Walter Roque Gonçalves*

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Em virtude de frases célebres como “Se eu tivesse um único dólar, investiria em propaganda” (Henry Ford), a propaganda vem se reafirmando como a “alma do negócio”. É incontestável a importância desta. Contudo, a alma do negócio não advém deste fator e sim de valores, caráter, sentimentos, consciência e atitudes dos donos da empresa e sua diretoria! A conhecida propaganda “boca a boca” é importantíssima para qualquer empresa. No entanto, chega um momento que não é suficiente para manter o crescimento dos negócios. Para isso, é preciso armar-se de publicidade em massa para atingir mais e mais pessoas. É disso que marcas como: Nike, Adidas, Coca-Cola, Apple, Via Varejo, Unilever, GM e muitas outras, vivem, aparecem e crescem.

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Walter Roque Gonçalves - Artigo

Walter Roque Gonçalves

 

Em contrapartida, quando o foco é exagerado na publicidade os prejuízos podem ser tão grandes quanto se não fizesse propaganda nenhuma. Um exemplo é a empresa que divulga pra valer seu estabelecimento, coloca “outdoors”, anúncios na rádio, TV, panfletos, jornais, som volante, impulsiona as redes sociais e negligencia a estrutura física, o atendimento, estoque e a qualidade dos produtos. Neste caso, quanto mais propaganda, maior o prejuízo!

Por outro lado, pode ser que haja apenas equívocos na hora de formatar a mensagem ou definir o público-alvo e não necessariamente problemas com a alma da empresa. Casas Bahia, por exemplo, teve diversos problemas com os dizeres “Olhou levou”, pois as funcionárias eram obrigadas a exibi-las. Em 2011 a organização perdeu diversos processos por danos morais, movido por funcionárias que se sentiram constrangidas com comentários insinuosos de clientes. Existem outros exemplos como a Mercedes Benz e a DELL, que fizeram propagandas que atingiram o público errado. Tanto uma como a outra tentaram emplacar com marcas populares ao som dos raps da moda à época, mas na prática o carro da Mercedes era oferecido por R$ 100 mil, aproximadamente, valor bem alto para um carro popular. O mesmo aconteceu com a DELL, fabricante de notebooks.

Portanto, quando falamos de alma temos que pensar na essência, consciência, valores, caráter, sentimentos e atitudes que culminam nas decisões, foco, direções e ações, em todos níveis da empresa! A publicidade é fundamental para qualquer empresa e todas precisam pensá-la com muita seriedade. No entanto, antes da publicidade ser definida na empresa, a alma desta já deve existir!

 

 

*Walter Roque Gonçalves
Professor na FGV/ABS especializado em empresas micro e médias empresas | CRA 144.772 | Contato:(18) 99723-3109 | e-mail: [email protected]

 

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