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Opinião Segunda-feira, 14 de Agosto de 2017, 13:47 - A | A

Segunda-feira, 14 de Agosto de 2017, 13h:47 - A | A

Opinião

A difícil e amável missão de ser pai

Por Walber Gonçalves de Souza*

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No último domingo, dia 13 de agosto, comemoramos o Dia dos Pais, como papai de duas filhas maravilhosas de dez anos sinto-me em condições de compartilhar um pouquinho desta difícil e amável missão de ser pai.

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Walber Gonçalves de Souza - Artigo

Walber Gonçalves de Souza

 


Vivemos um momento histórico de grandes desafios, de grandes mudanças, entre tantas outras coisas as tecnologias computacionais contribuíram de uma forma significativa para uma série de alterações dos paradigmas sociais. Vivemos a era digital. Com a chegada deste momento o custo de vida também se altera, haja visto quantas coisas temos nas nossas casas que já fazem parte do nosso cotidiano e que marcam presença na vida de cada um de nós, inclusive dos nossos filhos.

Por isso é preciso trabalhar para pagar a conta do funcionamento de vida que queremos. E não precisa ser uma vida de luxo, manter o básico da dignidade requer horas de trabalho. E como diria o ditado “não adianta ser pai, tem que participar”. Neste sentido, acredito eu, que devido ao corre-corre do dia a dia a missão mais difícil de ser pai é participar da vida do filho. Um outro ditado popular diz que vivemos mais os netos do que os filhos. Este pensamento sintetiza bem o que acabei de expressar até então. O tempo que não temos para os filhos acaba se tornando presente para os netos.

E para quem quer ser papai de verdade, estar presente na vida dos filhos, este cenário todo de correria, acaba provocando uma certa angústia, uma sensação de não estar conseguindo cumprir minimamente a dádiva de ser pai. E acrescento um outro ponto, nossos filhos também estão cada vez mais participativos de atividades extraescolares, outro agravante para a impossibilidade de estar presente em tudo. E teria como ser diferente? No mundo ideal sim, mas no mundo real com os desafios, acredito que não, por isso, conseguir equilibrar todo este contexto torna-se a nossa grande missão.

Sempre falo para os meus amigos que estão prestes a ser papais: com o nascimento do seu filho você vai conhecer o que realmente é o amor. Acredito que não deva existir um amor maior do que o de pai para com um filho. Um filho é uma expressão máxima do amor. Portanto, a relação pai e filho deve ser regada com este sentimento que transcende o ser e rega a existência. E como diria Içami Tiba, “quem ama cuida, educa”. Ser pai é uma missão amável, pois cultivamos o amor. O amor do filho que deve orgulhar-se de nos chamar de pai.

Ser pai é equilibrar-se constantemente nesta eterna missão de se fazer presente, mesmo na correria, de estar participando da essência dos filhos regando-a com o amor paternal, para que eles não se tornem pessoas vazias, amargas e sem parâmetros. Ser papai é amar incondicionalmente aquela criatura que vai desabrochar ao toque de tudo aquilo que fizermos por ele. Ser pai é um privilégio, com coragem e orgulho abracemos, de fato, a nossa missão.

 

 

*Walber Gonçalves de Souza

Professor e membro das Academias de Letras de Caratinga e Teófilo Otoni.

 

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