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Opinião Domingo, 17 de Junho de 2018, 09:46 - A | A

Domingo, 17 de Junho de 2018, 09h:46 - A | A

Opinião

A experiência do primeiro amor na adolescência

Por Elaine Ribeiro*

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A adolescência: é um período de transição para a fase adulta, com uma série de desdobramentos e fatos típicos e particulares desta época da vida. São mudanças biológicas, psicológicas e sociais, um turbilhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo. É assim que essa construção da identidade e vai se estruturando e se expressando na vida do adolescente.

Divulgação/Canção Nova

Elaine Ribeiro - Artigo

Elaine Ribeiro

 

Certamente, você já viveu ou conhece alguém que tenha feito essa experiência do primeiro amor nessa fase da vida. Ah, o primeiro amor! Aquele que vem e abala as estruturas do adolescente. Há aquele que fique ouvindo música romântica e cheia de histórias; que escreva declarações por horas a fio; e faça de tudo para ver o outro feliz.

Os sentimentos desse primeiro amor se mostram de formas diferentes: por vezes, um amor idealizado e platônico pelo professor ou professora; por uma pessoa mais velha; uma pessoa para a qual nunca se declare e seja um amor silencioso.

Mas, muitas vezes, o mesmo amor que pode trazer motivação e despertar o jovem para a prática de esportes, gerar um melhor desempenho escolar, mais positividade, pode também trazer confusões extremas, sentimentos de posse e ciúme, falhas na autoestima e até mesmo situações de risco a esse jovem.

A presença dos pais se faz muito importante, pois será o suporte para identificar possíveis problemas e, especialmente, o suporte para que esse jovem fale sobre o que sente e vive. Isolamento social, agressividade, afastamento dos pais, perda de interesse pelas atividades que fazia, mentiras, são alguns sinais de atenção.

Ao mesmo tempo, uma relação na adolescência pode ser fonte de descoberta, de parceria, de muito aprendizado para ambas partes. Por isso, as escolhas são importantes. Mais do que estar com alguém para não ficar sozinho, o importante é estar de verdade numa relação que vai além de estar junto, mas que  seja feliz e complementar. Não aquela história das metades que se completam, mas de duas partes inteiras (mesmo sendo jovens em formação) que juntos se compreendem, sejam parceiros, amigos e tenham uma relação saudável.

As percepções do jovem quanto aos modelos de relacionamento vistos dentro da família também se tornam uma referência quando o assunto é assumir um compromisso com outra pessoa. Desta forma, suas referências em relação a afeto e estima podem melhorar ou prejudicar o seu relacionamento.

Pais! Não tenham dúvidas de como é importante a abertura e disponibilidade para conversar sobre esse assunto com seu filho, sua filha, pois é nesse espaço de segurança, amor e receptividade que ele ou ela conseguirá depositar suas angústias e desconfortos, suas alegrias e descobertas, nessa jornada tão bela que é a vida.

 

 

*Elaine Ribeiro

Psicóloga clínica e organizacional da Fundação João Paulo II / Canção Nova.
Instagram: elaineribeiro_psicologa

 

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