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Opinião Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2023, 07:00 - A | A

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Opinião

Cooperativismo de crédito - novas soluções para um público diverso, agora disperso, e sem limites geográficos claros

Por Eduardo Barreto*

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Nos últimos anos, o cooperativismo de crédito vem se destacando como importante provedor de serviços financeiros aos seus associados – pessoas físicas e jurídicas –, crescendo acima da média dos demais segmentos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Por sua reconhecida capacidade de estar presente em lugares remotos do país, o modelo desempenha uma função fundamental para o desenvolvimento dessas regiões.

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Eduardo Barreto - Artigo

Eduardo Barreto

 

O próprio Banco Central (BC) vem, ao longo do tempo, estabelecendo medidas de estímulo ao sistema de crédito cooperativo, com o objetivo de promover a concorrência e elevar a eficiência do SFN. Com essas iniciativas, o BC espera que, num breve espaço de tempo, o crédito cooperativo responda por pelo menos 20% do SFN. Hoje, ele já representa mais de 11%, segundo dados do Banco Central*. 

Nesse cenário, o Cooperativismo de Crédito cresce sustentado por princípios que norteiam sua atuação, como Intercooperação; Educação, Formação e Informação; e Interesse pela Comunidade.

Aqui vejo claramente uma convergência no foco de atuação. Na Visa, acreditamos que as comunidades e economias prosperam quando todas as pessoas e empresas são incluídas no sistema de pagamento formal e podem aproveitar os benefícios do acesso financeiro e digital. Temos o compromisso de fortalecer as comunidades nas quais vivemos e trabalhamos para isso, utilizando todos os nossos recursos - o posicionamento de ser a Rede das Redes, ou seja, um ponto único de conexão que dá acesso a redes de pagamento de forma rápida e confiável, traz embutido o conceito de Intercooperação.

O Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) é composto por cooperativas singulares, que se congregam em federações de cooperativas, que, por sua vez, se agrupam em confederações Utilizando sua estrutura, o SNCC oferece hoje todos os produtos de um banco comercial, de cartão de crédito a financiamento agrícola, passando por seguros, previdência e fundos de investimento.

As cooperativas de crédito investiram bastante em digitalização nos últimos anos, mas não se descuidaram do atendimento presencial: continuam abrindo agências e hoje possuem uma das maiores redes físicas do mercado. É o chamado figital, a junção do físico com o digital.

A digitalização traz um enorme desafio para o setor, que é o de levar e manter os princípios e o propósito do cooperativismo por meio destes canais, sem perder sua essência. Nos últimos anos, os canais digitais ganharam ainda mais força e relevância, o que intensificou o desafio: trazer novos associados por meio de um canal digital, observando e difundindo os conceitos do cooperativismo (o que é feito com excelência através dos canais físicos), e conseguir manter essa relação que nasceu digital.

Como participante da indústria de pagamentos, podemos e devemos desempenhar um papel importantíssimo na superação desse desafio. É necessário trabalhar em conjunto com o sistema cooperativo, levando novas soluções para um público diverso, agora disperso, e sem limites geográficos claros. É preciso ter soluções que atendam o país inteiro, da pequena à média ou grande cidade, e em qualquer região do país, mas também considerando o universo virtual.

A Visa oferece modelos de relacionamento com cooperativas que permitem desenvolver uma série de soluções customizadas, específicas para elas. Seja no âmbito da pessoa jurídica ou no da pessoa física, seja na parte transacional – quando a empresa usa ferramentas para dar suporte ao combate a fraude nas transações eletrônicas, por exemplo – seja no desenho de um produto, de uma credencial de crédito para atender à necessidade específica de um determinado grupo de associados. Trabalhamos com dados para inovar e customizar soluções que permitam que o sistema de crédito cooperativo fortaleça sua relação com os associados e que também possam trazer novos membros, independentemente de onde estejam, da forma mais eficaz.

A digitalização nos coloca diante de uma mudança de paradigma: a comunidade não está mais necessariamente ligada a um local. É possível criar uma comunidade de pessoas que estão espalhadas geograficamente.

Concebendo soluções para atender problemas e necessidades específicas e, que muitas vezes, ainda são, sim, regionalizadas, fisicamente ou virtualmente, podemos contribuir decisivamente para viralizar o Cooperativismo no Brasil. Aliás, viralizar o Cooperativismo passa por excelência e maestria na atuação figital.
Fonte: Banco Central, junho 2019

 

 

*Eduardo Barreto
Vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Visa do Brasil

 

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