Quinta-feira, 02 de Maio de 2024


Opinião Domingo, 11 de Dezembro de 2022, 07:00 - A | A

Domingo, 11 de Dezembro de 2022, 07h:00 - A | A

Opinião

Dezembro é mais propício para o perdão!

Por Wilson Aquino*

Artigo de responsabilidade do autor
Envie seu artigo para [email protected]

Uma das maiores fraquezas do homem é sua incapacidade, ou dificuldade, de pedir ou conceder o perdão no devido tempo ao seu desafeto. O orgulho e a intolerância são alguns sentimentos que impedem o reconciliamento, mesmo quando o ofensor ou ofendido é um parente ou amigo.

Divulgação

Wilson Aquino - Artigo

Wilson Aquino

 

Na maioria dos atritos, as relações chegam a ser interrompidas mesmo entre pais, filhos, cônjuges, tios, sobrinhos, etc. Um dos lados (ou ambos) sempre resolve guardar aquela mágoa, aquele ferimento de seus sentimentos, bem lá no fundo do coração, por um longo e desnecessário tempo.

Como pode um pai ou um filho carregar por muito tempo, muitas vezes por toda uma vida, uma mágoa provocada por uma das partes, sem sentir o desejo de perdoar ou de ser perdoado por uma ferida do passado?

Não sabe que esses sentimentos negativos guardados na mente e no coração podem desencadear irreparáveis problemas de saúde, que podem levar a doenças e até à morte? A ciência comprova isso e incontáveis artigos a respeito do assunto já foram discutidos e publicados.

O indivíduo que não perdoa e guarda rancor pode contrair problemas físico, moral e/ou espiritual.

Físico, porque ela pode contrair os mais variados problemas de saúde, inclusive um câncer.

Moral, porque torna-se rancoroso, grosseiro, intolerante, impaciente e inconveniente até mesmo com o cônjuge e com os filhos.

Espiritual, que é o mais importante, porque o indivíduo se afasta de Deus e, consequentemente, de suas bênçãos. Fica em desobediência aos mandamentos do Senhor que manda “perdoar a quem nos tem ofendido” (oração do Pai Nosso).

O mês de dezembro, último do ano, normalmente provoca no homem um momento de (maior) reflexão. É quando faz um balanço da jornada da vida, que propicia um olhar mais crítico para trás ou para dentro de si buscando tudo aquilo que não está em conformidade física, moral ou espiritual, para então tentar solucionar, resolver, mudar. É daí que nasce o milagre do perdão com maior incidência nesse período do ano.

Isso certamente se dá porque o homem é um filho (especial) de Deus e porque foi colocado no mundo, cheio de imperfeições, para que buscasse o crescimento e desenvolvimento moral e espiritual.

Além disso, dezembro é o mês que o mundo comemora o nascimento de Jesus Cristo, e esse fato proporciona um indispensável e saboroso clima de alegria, fraternidade e de amor ao próximo que facilitam a reconciliação de elos quebrados até mesmo dentro do próprio lar. Daí a vontade de perdoar ou de pedir perdão pelas ofensas que causamos ou que nos causaram.

Jesus Cristo é o maior exemplo de perdão. Mesmo sendo espancado e morto pelos homens, Ele rogou a Deus, nos seus últimos suspiros, para que nos perdoasse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc. 23:34)

A história de José - relatada no Livro de Gênesis, o primeiro livro da Bíblia - nascido de Jacó e de Raquel, é outro grande exemplo de perdão. Ele era o mais novo dentre mais 10 irmãos e dono de um grande coração voltado ao Senhor.

Seus irmãos, cheios de inveja, o odiavam. Assim que tiveram oportunidade, no campo, o venderam como escravo. José sofreu muito, foi preso, humilhado, injustiçado e mesmo assim continuou firme em obediência aos mandamentos de Deus, até que, por conta da interpretação de um intrigante sonho do faraó, acabou ocupando lugar de destaque no governo do Egito.

Veio então uma terrível fome em toda a terra e por conta da revelação do Senhor a José, houve como estocar grande quantidade de alimentos para todos. José gerenciava esse estoque, até que um dia seus irmãos chegaram para receber cotas de alimentos para suas famílias, diante de José, e não o reconheceram.

O desfecho desse caso é o de um dos mais belos exemplos de amor e perdão. José se revelou aos irmãos, que achavam que ele havia morrido, e os perdoou. A família voltou a conviver, agora ainda mais unida e feliz.

Que neste último mês do ano, quando olharmos para trás no balanço de tudo o que fizemos ou deixamos de fazer, possamos exercer este que é um dos mais nobres e poderosos sentimentos que podemos nutrir e exercer para conosco e com o nosso próximo: o perdão.

 

 

*Wilson Aquino
Jornalista e Professor

 

• • • • •

 

A veracidade dos dados, opiniões e conteúdo deste artigo é de integral responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Capital News

 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS