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Opinião Terça-feira, 18 de Julho de 2023, 07:00 - A | A

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Opinião

Lula acaba com as escolas cívico-militares

Por Júlio César Cardoso*

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O Brasil não pode se curvar a picuinhas políticas e deixar que a Educação seja tratada como interesse partidário ou governamental.

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Júlio César Cardoso

Qual a justificativa plausível do governo para o encerramento das escolas cívico-militares? Quais foram os resultados negativos do modelo escolar? A Educação nacional precisa ser levada a sério e não servir de pretexto para revanchismo ou vingança política.

Se o modelo escolar cívico-militar tem contribuído de forma satisfatória para a formação educacional, moral e social de educandos, ou seja, de indivíduos em processo de aprendizagem, sem restrição da sociedade, nada justifica, portanto, a sua extinção.

Aproveitar a disponibilidade de excelentes professores militares nas escolas cívico-militares não é desvio de finalidade do militar, mas participação positiva na chamada “responsabilidade compartilhada”.

O governo Lula e equipe se equivocam ao misturar Educação com divergências políticas. Independentemente da procedência das escolas cívico-militares, trata-se de um processo educacional eficiente, que deveria ser respeitado.

Quando se teve notícia, por exemplo, de que no Colégio Militar ou nas escolas cívico-militares dissentes tiveram comportamentos indisciplinares a ponto de agredirem fisicamente professores, como tem ocorrido nas escolas tradicionais? Jamais.

Trata-se de educandários modelares. São escolas que se pautam na disciplina e hierarquia – tão ausentes hoje em dia -, formadoras de jovens para a vida. Estudar nesses colégios é um caminho certeiro para uma educação de qualidade, longe de drogas e de outros vícios daninhos. “Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens”, disse Tarcísio de Freitas, governador de SP.

O governo Lula compra uma briga desnecessária, que também desagrada parte de seus correligionários, quando deveria se preocupar com o desenvolvimento do país. O campo educacional deve contemplar todos os segmentos educativos, sem viés político.

São 192 mil alunos, distribuídos em 23 Estados e no Distrito Federal, que serão afetados pela falta de bom senso do presidente Lula.

O governador Tarcísio de Freitas disse que vai ampliar o ensino cívico-militar em SP após Lula encerrar o programa. Os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Paraná, Ratinho Júnior (PSD) e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciaram que irão manter o programa.

Ainda há tempo de o presidente Lula rever a sua insensata decisão e refletir que as instituições estão acima de qualquer divergência política.


*Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

 

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