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Opinião Sexta-feira, 28 de Abril de 2017, 07:00 - A | A

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Opinião

O Aparelhamento do Setor Público!

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Por Autenir Rodrigues de Lima*
Artigo de responsabilidade do autor

Quando foi que o público se tornou privado? Quando foi que a maquina administrativa virou meio de agraciamento e apadrinhamentos políticos? Quando foi que o orçamento público se tornou latifúndio para incompetência e imoralidades? Apelando para vícios históricos, muitos nos dias de hoje ainda tentam justificar a necessidade de praticas tão danosas à sociedade como necessidade para governar. Usar a maquina pública para chocar ovos inférteis, originados apartir de acordos políticos e partidários, em detrimento da eficiência e da eficácia.

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Autenir Rodrigues de Lima - Artigo

Autenir Rodrigues de Lima


Parece que o problema está na palavra “publico”, apartir daí tudo se desvirtualiza! Tudo pode! É preciso entender que, mesmo não sendo ilegal, nem sempre é prudente ou moral. O entendimento de público, está naquilo que é administrado com recursos públicos e direcionados para a população por meio dos mais diversos serviços básicos, dispondo de estruturas adequadas com atendimento de qualidade. Quando se torna cabide de emprego sem nenhum critério técnico, coloca em risco todas as conquistas alcançadas.

Setor publico e  privado têm em comum, características de empresas, e como tal, sucesso ou fracasso dependem  de uma boa gestão para alcançar os objetivos desejados. No setor privado, qualquer administrador, por menor que seja seu tino empresarial, sabe que o sucesso de sua empresa depende das pessoas que estão a frente dos negócios. No setor público, isso parece ser irrelevante. Sucesso é abrigar o maios numero de interesses e bajulações eleitorais possíveis, em detrimento de todo o resto. Temos visto isso em todas as esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal, estendendo-se inclusive para o judiciário e órgãos de controle.

Exemplos recentes de como o aparelhamento da maquina pública pode depredar recursos públicos e estruturas do Estado, estão os casos da Petrobras e dos Correios. Excesso de indicações de chefia sem nenhum critério. Apenas para atender interesses políticos e partidários, deixaram estas estatais em situação extremamente delicada. Estatais que já foram sinônimo de eficiência e orgulho para os brasileiros! Hoje não passam de empresas altamente endividadas, onde a incompetência de seus acéfalos diretores e a roubalheira sistematicamente implantada, chegou a tal ponto, que a privatização, principalmente dos correios, parece ser a solução mais viável, antes que não sobre nada!

Essa parece ser a visão do administrador público brasileiro. A legitimidade do voto parece não trazer o peso da responsabilidade de administrar bem, mas sim, o apoderamento de uma fonte inesgotável de oportunidades para satisfazer os mais diversos interesses. Os escusos primeiramente.

 

 

*Autenir R. de Lima
Assist. de Planejamento e Controle
Jateí-MS

 

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