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Opinião Segunda-feira, 24 de Outubro de 2016, 09:08 - A | A

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Opinião

O que a mudança da taxa Selic impacta no dia a dia do brasileiro?

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Por Reinaldo Domingos*
Artigo de responsabilidade do autor

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou, nessa quarta-feira (19) o novo valor da taxa básica de juros (Selic): 14% ao ano, um corte de 0,25 ponto percentual. A notícia reflete em muitos aspectos, mas o que de fato isso muda na sua vida?

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Reinaldo Domingos

 

A situação ainda é interessante para quem investe o seu dinheiro, por exemplo, em aplicações de renda fixa atreladas a Selic (CDBs pós-fixados, os fundos DI, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e os títulos negociados via Tesouro Direto). Mas para quem aplica na Caderneta da Poupança, não haverá mudanças em seus rendimentos, pois, se a Selic for maior ou igual a 8,50% ao ano, a poupança paga sempre 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR).

Aos que se encontram endividados ou ainda que precisam pegar empréstimos ou fazer parcelamentos, já que a taxa influencia diretamente nessas situações, a queda da Selic é sempre boa, mas é preciso ter cautela, pois o cenário ainda não é dos melhores. Aos que já estão pagando juros, é fundamental saber o valor exato, pois o maior erro das pessoas é de não ter ciência dos valores que desembolsam e, por isso, as dívidas acabam virando bola de neve.

No entanto, a fim de que o problema seja resolvido, o foco deve ser a causa dele e não a consequência, ou seja, é preciso educar-se financeiramente. O primeiro passo é fazer um diagnóstico da vida financeira, para saber os ganhos e gastos mensais e identificar possíveis excessos, que estejam prejudicando o orçamento.

Isso passa por uma mudança de hábitos e comportamento com relação ao uso e à administração do dinheiro, por isso, é preciso que se comece agora mesmo. Um dos aspectos fundamentais desse processo é aprender a poupar, pois, assim, evita-se o fato de não ter dinheiro suficiente para pagar algo, tendo que pagar juros e correndo o risco de se tornar um inadimplente.

A queda da taxa básica pode ser uma boa novidade, dependendo da situação de cada um, mas, ainda assim, demanda cuidado e conhecimento. A recomendação no momento é pensar duas vezes antes de comprar, parcelar com juros ou adquirir empréstimos. Ao invés disso, eduque-se financeiramente, poupe e invista o seu dinheiro, dessa forma, os juros trabalharão a seu favor e não contra.

 

 

*Reinaldo Domingos

Educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.

 

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