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Opinião Sexta-feira, 20 de Abril de 2018, 07:00 - A | A

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Opinião

Parlamentares tentam intimidar a Justiça em Curitiba

Por Júlio César Cardoso*

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Demonstrando que não têm o que fazer no Congresso, grupo de parlamentares vão a Curitiba verificar as condições em que se encontram o ex-presidente. Uma verdadeira palhaçada. Por acaso, as excelências se preocupam em saber in loco como os demais presos do país estão sendo tratados?

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Júlio César Cardoso


Não haverá virada da mesa para livrar Lula da cadeia. Todas as tentativas serão  em vão. Podem apelar ridiculamente aos organismos internacionais. Lula era o maior comandante de uma organização criminosa que tomou de assalto o Estado brasileiro, onde os pobres eram enganados com migalhas recebidas e o ex-presidente e sua organização se enriqueciam com dinheiro da nação.

A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye foi condenada a 24 anos de prisão por corrupção e abuso de poder e, no entanto, na Coreia do Sul  não houve nenhuma exaltação violenta similar à protagonizada por desvairados sectários esquerdistas brasileiros e nem os parlamentares foram inspecionar as condições da prisão ou como a condenada está sendo tratada.

O  ex-presidente do Peru Ollanta Humala foi preso preventivamente, acusado de lavagem de dinheiro e também, no Peru,  não houve nenhuma comoção desvairada e nenhum parlamentar foi inspecionar as condições da prisão ou como o preso está sendo tratado.

Por que  Lula, condenado por robustas provas, que comandava um esquema criminoso de saque sistemático de dinheiro público, como ficou provado na Lava-Jato, pode ter tratamento diferenciado, por exemplo, de um Fernandinho Beira-Mar, cuja única diferença entre ambos está no modus operandi de agir?

Lula ou qualquer outro condenado merece respeito humano, mas não pode o Judiciário permitir a intromissão de parlamentares no cotidiano carcerário de Lula, em desconsideração aos demais apenados do país.

Assim, causa perplexidade a audácia de um bando de hipócritas parlamentares se afastarem de suas obrigações no Parlamento para ir levar solidariedade a um condenado igual a outro qualquer.

 

 

*Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

 

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