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Opinião Quarta-feira, 13 de Setembro de 2017, 07:00 - A | A

Quarta-feira, 13 de Setembro de 2017, 07h:00 - A | A

Opinião

Populismo e oportunismo, o perigo nas urnas (parte 1)

Por Autenir Rodrigues de Lima*

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Levanta a mão quem está cansado de tanta corrupção e violência em geral! Será que existe algum brasileiro que esteja confortável com o noticiário atual? Não se fala, não se mostra outra coisa, senão, esquema de corrupção generalizada, desvios de dinheiro, propina em forma de mensalinhos ou mensalões. Não se trata apenas de Brasilia! Hoje cada Estado brasileiro tem os seus escândalos particulares! Enfim, qualquer discurso contra tudo que esta posto aí, agradará a todos. Isto é fato!

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Autenir Rodrigues de Lima - Artigo

Autenir Rodrigues de Lima

 

Ha muito tempo que se diz que a oportunidade faz o ladrão! E é verdade! Não necessariamente o ladrao! Não a principio pelo menos. Mas no Brasil, as desgraças do povo, fazem surgir os demagogos, que sem nenhuma base pratica e legal de seus discursos elegem-se Presidentes da Republica. Foi assim com Fernando Collor, prometendo acabar com os marajás e os altos salários do serviço público além de combater a inflação. Não conseguiu nenhuma coisa nem outra. E ainda congelou contas correntes e poupanças, causando grande trauma na população. Em meio à escândalos pessoais, que contradizia inclusive seu discurso de campanha em favor dos “descamisados e pés no chão”, foi cassado pelo Congresso Nacional.

Fernando Henrique Cardoso, criou o Plano Real. Conseguiu dar estabilidade econômica ao país, fazendo a inflação cair a níveis nunca antes vistos. Aproveitou a oportunidade e com grande apoio popular, elegeu-se Presidente por dois mandatos. Ao fim, desgastado e com sérios problemas na balança comercial, o Pais se via novamente às voltas com o fantasma da inflação, crises financeiras mundiais, desemprego e endividamento com o Fundo Monetário Internacional - FMI.

Finalmente, depois de perder para todos os outros demagogos, Luiz Inácio Lula da Silva, empunhando a bandeira do Partido dos Trabalhadores, chega ao poder, com o discurso de acabar com a pobreza, implantando vários programas sociais e distribuindo renda. O que já era popular, ficou ainda mais. Teve grandes êxitos sim, mas adotando uma politica pública de subsídios sociais muito questionáveis a longo prazo. Do meu ponto de vista, muito mais por gerar dependência e não independência e virar uma terrível e perigosa moeda politica eleitoral.

Tudo isso, como se sabe hoje, acabou virando uma cortina de fumaça que acabou por servir de blindagem de Lula em meio a tantos escândalos de corrupção. Essa mesma moeda politica populista, apadrinhou e elegeu Dilma Roussef para dois mandatos. Mais uma tragédia politica do país! Um fantoche que não tem grandes marcas de sua administração, senão, o triste e vergonhoso fim pelas vias do desonroso impeachment. O que se sucedeu, não foi o fim de uma novela, mas a revelação da verdadeira face de seu substituto. A Operação Lava Jato colocou Michel Temer no olho do furacão e grande parte daqueles que o cerca, tido como Assessores, Ministros e base aliada do Congresso Nacional, encalacrados nas investigações, mas protegidos pelo asqueroso Foro Privilegiado.

Mas afinal, o que tiveram estes Presidentes em comum? Porque é preciso fazer um paralelo para comparar principalmente seus discursos de campanha e o momento por qual passava o país? Quais as promessas e prioridades de seus governos se fossem eleitos? Educação, saúde, emprego, habitação, combate à inflação, combate à corrupção, à violência, à pobreza, não eram prioridade de seus discursos e uma necessidade urgente no Brasil? Quando isso não foi urgente nesse País? Continua sendo! O que tem em comum é o uso da fragilidade emocional, do sofrimento, revolta e desilusão dos brasileiros com a classe politica como um todo.

É importante salientar que todos estes Presidentes, eleitos democraticamente, em boa parte de seus discursos colocaram-se como salvadores da pátria, dignos da mais alta honraria, e que nada seria obstáculo para o cumprimento de suas promessas. Mas na pratica, descobriram que governar exige bem mais que fazer campanhas, falando obviedades. Era preciso ter a habilidade  de interlocução. Descobriram que existem leis e regras, por mais questionáveis que sejam. E que passar por cima de leis tem consequências que vão além de meras bravatas de oportunismo de campanha. (segue o assunto – parte 2)

 

 

*Autenir Rodrigues de Lima
Assist. de Planejamento e Controle
Jateí-MS

 

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