Deurico Ramos / Arquivo Capital News
Mesmo em tempos de crise, Campo Grande deve contratar pelo menos 2.000 trabalhadores temporários da construção civil para realização de obras de ampliações, reformas e pequenas construções em residências e estabelecimentos comerciais nesta reta final do ano. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande.
O presidente da entidade José Abelha Neto, explica por meio de sua assessoria que esses serviços temporários informais normalmente são contratados no final do ano por familiares e empresários que querem fazer melhorias em seus imóveis. “As obras vão desde simples pinturas a ampliações e reformas de casas e estabelecimentos comerciais”, explica o sindicalista.
Muitas famílias, segundo Abelha Neto, têm por tradição juntar recursos durante o ano para poder executar esses serviços para que a casa ou a empresa fique de cara nova para os festejos de final de ano. Essa poupança, aliada ao 13º salário das famílias, também contribuem para a realização desses serviços. E muitos desses serviços já estão sendo realizados.
CRISE - Dos mais de 30 mil trabalhadores na construção civil da Capital, cerca de 4 mil, segundo Abelha Neto, teriam sido demitidos desde o início do ano, por conta da crise econômica que assolou o País e também o Mato Grosso do Sul. “Hoje o mercado formal está estabilizado, ou seja, não estão ocorrendo mais as demissões e nem o contrário, ou seja, não temos contratações significativas nesse mercado formal”, explica.
Já os profissionais demitidos, foram logo para o mercado informal. Tanto é verdade que, segundo o Sintracom/CG não tem recebido procura de ofertas de trabalho para pedreiros, carpinteiros, serventes, armadores etc. “Esse pessoal já está trabalhando na informalidade”, explica o sindicalista. Esse mercado (informal) vai absorver mais esse número, de 2.000 novos trabalhadores, para suprir a demanda de serviço nas casas e empresas da cidade nesta reta final do ano.
O Sintracom/CG espera que o mercado formal volte a contratar a partir do primeiro semestre de 2016, trazendo de volta para o mercado formal os mais de 4 mil operários demitidos em 2015. “Nossa economia precisa se recuperar logo para que nossos trabalhadores tenham melhores ganhos e ofereçam qualidade de vida para suas famílias”.