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Polícia Sexta-feira, 20 de Julho de 2018, 09:01 - A | A

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Pela 2ª vez

André Puccinelli volta a ser preso pela Polícia Federal

Ex-governador e o filho dele voltaram a ser detidos nesta manhã; os dois são investigados na operação Lama Asfáltica

Flávio Brito
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

André Puccinelli preso na Polícia Federal

André Puccinelli foi levado para a sede da PF

 

O ex-governador André Puccinelli e o filho dele, o advogado André Puccinelli Júnior voltaram a ser presos na manhã desta sexta-feira (20). Os dois são investigados pela operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal. 

 

De acordo com as primeiras informações divulgadas à imprensa, os dois foram levados para a sede da Superintendência da Polícia Federal, em Campo Grande. O advogado de Puccinelli disse à reportagem do Capital que ainda não há informações sobre os motivos para a nova prisão. “Não deu tempo de saber de ainda”, disse o advogado Renê Siufi. 

 

A operação Lama Asfáltica, que investiga crimes de desvio e lavagem de dinheiro, organização para o crime e peculato. Desde o início do ano passado, o ex-governador André Puccinelli (MDB) sendo alvo da Justiça. O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito civil para investigar o depósito indevido de R$ 78 milhões pelo Governo do Estado no extinto Banco Rural, em 2013. Puccinelli também se tornou réu em ação de improbidade por coagir servidores comissionados a votar em candidatos apoiados por ele durante campanha eleitoral de 2012.

 

Citado na delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, Puccinelli preferiu não se pronunciar sobre seu envolvimento em mais um escândalo. Em maio, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido de investigação contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o líder do MDB no Estado.

 

O pedido ocorreu após o empresário Wesley Batista dizer, em depoimento à Procuradoria-Geral da República, que entre os anos de 2007 e 2016, o tucano e o peemedebista teriam recebido cerca de R$ 150 milhões em propina da JBS, em troca da redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Segundo o delator, o esquema começou quando Zeca do PT ganhou a eleição para o Governo do Estado, e continuou com Puccinelli e Reinaldo, até o final de 2016.

 

André Puccinelli confirmou sua pré-candidatura ao Governo de Mato Grosso do Sul no dia 22 de dezembro do ano, na sede regional, em Campo Grande. Dias antes, Puccinelli havia sido preso, no dia 14 de novembro, em virtude dos desdobramentos da operação Lama Asfáltica. As investigações iniciais apontaram irregularidades em obras de pavimentação em rodovias do Estado. No decorrer do trabalho da PF, Controladoria Geral da União e da Receita Federal revelaram fraudes na compra de maquinário pesado, de fazendas em nome de laranjas e a compra de livros ligados à área do Direito. O esquema envolvia sempre sempre empresas privadas e o governo do Estado. (*Matéria alterada às 10h24 para acréscimo de informações)

 

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