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Polícia Sexta-feira, 25 de Agosto de 2017, 12:48 - A | A

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MOSTRUOSIDADE

Caso Kauan: morto, menino foi estuprado por 4 adolescentes e esquartejado na frente deles

Novas informações sobre o caso foram divulgadas hoje pela polícia

Laura Holsback
Capital News

Deurico/Capital News

Caso Kauan: morto, menino foi estuprado por 4 adolescentes e esquartejado na frente deles

Coletiva de imprensa aconteceu na manhã de hoje

Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, protagonizou uma triste história marcada pela vulnerabilidade social. Ele foi estuprado, assassinado e esquartejado por um homem, de 38 anos, que se dizia professor, mas aproveitava-se da fragilidade financeira de suas vítimas a troco de sexo. Em um desses atos que já cometia há anos, contra pelo menos 10 crianças e adolescentes, matou o pequeno Kauan. O caso que já assustava pelas barbaridades divulgadas pela imprensa de Campo Grande desde que o menino desapareceu, há dois meses, ganhou mais um lamentável capítulo.

Deurico/Capital News

Caso Kauan: morto, menino foi estuprado por 4 adolescentes e esquartejado na frente deles

Delegado Paulo Sérgio Lauretto e delegada Aline Sinnott

 

Já morto, Kauan foi estuprado  por quatro adolescentes que também assistiram a ele ser esquartejado. Segundo a polícia, Deivid Almeida - o autor do cruel assassinato, obrigou esses meninos com idades entre 14 e 16 anos, a cometer o abuso, sob a mira de uma arma e promessa de serem mortos. Mesmo sem ter tido os restos mortais encontrados e sem laudos que confirmem a morte da criança, ela está declarada como morta.

 

A informação foi divulgada pelo delegado que preside o inquérito policial Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em entrevista à imprensa, na manhã desta sexta-feira (25). O objetivo do encontro entre autoridades e a mídia foi esclarecer pontos da investigação que impactou até mesmo aqueles acostumados a diariamente lidar com terríveis crimes.

 

Capital TV

“Foi um caso bárbaro, difícil de acreditar. Mas, uma morte que poderia ter sido evitada. Como as mães dessas outras crianças e adolescentes que também eram violentados não perceberam nada de errado com os filhos. Como vizinhos  que depois que o caso aconteceu disseram que sempre achavam estranho a movimentação na casa de professor, não comunicaram a suspeita à polícia. Não estou querendo responsabilizar ninguém, mas houve a omissão”, pontuou, completando que depois que a morte de Kauan veio a público, foram identificadas outras 10 vítimas do estuprador.


Crime

Arquivo Pessoal

Kauan

Kauan

A investigação começou a ser feita desde o dia 21 de junho, último dia que Kauan foi visto. Depois de mais um dia cuidando carros para ganhar pequenos trocados, ele saiu na companhia de um adolescente, de 14 anos, que, além de também ser violentado sexualmente por Deivid desde os 10 anos, era pago para aliciar vítimas.


Kauan foi levado para a casa de Deivid, no bairro Coophavilla, como era de costume, segundo a polícia. No entanto, naquele dia, em mais um episódio de gritos por causa da dor durante o ato sexual, o menino foi amordaçado e acabou morto, possivelmente, por asfixia. Mesmo com o menino já desfalecido, Deivid obrigou ao adolescente que segurasse Kauan e continuou o estupro.


Os outros três personagens, todos também adolescentes, entre 14 e 16 anos, que, até então, não tinham aparecido na história, chegam à casa quando Kauan já estava morto. Eles foram identificados depois de alguns dias do sumiço da vítima, quando o garoto envolvido diretamente no caso decidiu revelar.

Deurico/Capital News

Caso Kauan: morto, menino foi estuprado por 4 adolescentes e esquartejado na frente deles

Delegada mostrou imagens da perícia

 

“Como era de costume meninos irem até a casa desse professor para praticar ato sexual por dinheiro, esses três garotos foram lá naquele dia para isso. Teria uma festa na vila e eles queriam dinheiro para gastar. Mas chegaram e encontraram Kauan morto”, contou a delegada Aline Sinnott, titular da  Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), que apura a participação do ato infracional.


Os três adolescentes foram identificados e prestaram esclarecimentos. Eles contaram que, diante do menino morto, foram obrigados a violentá-lo ainda mais e depois viram ele ser esquartejado. “Depois disso, Deivid pega os restos mortais da vítima, coloca em um saco preto, guarda no porta-malas do carro,  manda todos os adolescentes entrarem no veículo e vai até o córrego Anhanduí, onde desce e deixa o saco sobre uma pedra. Sai, e deixa cada um dos meninos em suas casas, sempre ameaçando que se caso contassem o que havia acontecido, seriam mortos”, completou a autoridade policial.


Com base nas informações prestadas pelos adolescentes, já que até hoje o professor nega ter praticado o assassinato, policiais fizeram buscas pelo córrego, mas não encontraram nem vestígio da vítima. A investigação aponta que, possivelmente, o autor do crime voltou ao local, pegou novamente os restos mortais, levou para a casa dele e novamente esquartejou, justamente com a finalidade de dar um sumiço definitivo ao corpo.

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Caso Kauan: morto, menino foi estuprado por 4 adolescentes e esquartejado na frente deles

Marcelo, diretor do instituto, falou sobre exames de local

 

A suspeita surgiu depois que um segundo exame com o reagente luminol, feito em uma edicula construída no fundo da casa, identificou sangue. “Fizemos um primeiro exame na casa da frente, onde conforme os relatos tudo aconteceu e concluímos que realmente houve uma ação violenta. Havia vários pontos com sangue. Mas em outra oportunidade, voltamos à residência e fizemos novo exame com luminou em uma casa construída no fundo e lá também foi identificada a presença de sangue. Por isso, há a probabilidade de o autor ter retornado ao imóvel e esquartejado a vítima pela segunda vez, neste espaço”, citou o diretor do Institito de Criminalística, Marcelo Pereira.


Inquérito
Deivid Almeida está preso desde o dia 22 de julho, um mês depois do sumiço de Kauan. O adolescente diretamente envolvido no caso, de 14 anos, está apreendido, assim como outro da mesma idade. Porém, a apreensão deste segundo se deve a razão de segurança. Segundo a polícia, ele estaria sofrendo ameaças por ter colaborado na investigação.


De acordo com o delegado Sergio Lauretto, o prazo do inquérito termina nesta sexta-feira, mas foi pedido ao Judiciário maior prazo. “Estamos aguardando o resultado dos exames de sangue para confirmar que é mesmo de Kauan. Como a casa foi bem limpa, com bastante produtos químicos, está complicada a identificação de DNA. Além disso, não temos material genético para uma comparação. Nem mesmo uma escova de dentes da vítima conseguimos para fazer a comparação. Temos o material biológico da mãe de Kauan, ma os exames seguem inconclusivos”, ponderou.

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Caso abalou até as autoridades envolvidas na investigação

 

Deivid até hoje não admite ter sido autor da morte de Kauan, mas mesmo sem a confissão, a polícia está certa da participação dele. “Mesmo o laboratório não tendo sido conclusivo com relação a identificação do DNA, temos o resultado que havia o sangue no local do sexo masculino. Além disso temos o depoimento. Esse conjunto probatório por si só já nos dá margem para que possamos fazer o indiciamento. Vamos esperar mais o prazo que deve ser determinado pela a Justiça a fim de esperar a conclusão dos laudos que faltam, para então encerrar a investigação”, disse Lauretto.


Em dois meses, o caso rendeu três inquéritos policiais que, ao todo, já acumulam 575 páginas. Deivid deverá ser indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro de vulnerável seguido de morte, ocultação de cadáver. Ainda, por corrupação de menor e posse de material pornogáfico, já que assim que foi preso, policiais apreenderam na casa dele vídeos de sexo com menores de idade.

 

Sobre o perfil do estuprador, o delegado define como frio e calculista. "Ele não assume. Mas é inteligente e bem articulado. Explorava a questão social, da miserabilidade, para cometer os crimes. Pagava R$ 5, R$ 10. O que tinha no bolso", finalizou a autoridade policial.

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Caso Kauan: morto, menino foi estuprado por 4 adolescentes e esquartejado na frente deles

As linhas e as elipses vermelhar mostram as regiões que apresentam vestígios de sangue

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Cristiane Galvão 27/08/2017

Daqui a pouco o estuprador vai estar solto fazendo tudo de novo e brincando com a cara da polícia que levou meses para descobrir o caso. Com todo aquele bla bla bla, réu primário, trabalho fixo etc. Por isso sou a favor da pena de morte e castração química.

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