Oito servidores ligados à Secretaria de Administração e Fazenda do Município de Maracaju, foram ouvidos nesta terça-feira (28) pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), como testemunhas. Conforme a delegada Ana Claúdia Medina, os elementos colhidos reforçam que uma conta em nome da prefeitura foi aberta e escondida dos órgãos de controle interno e externo.
As investigações buscam elucidar desvio de recurso de verbas públicas entre novembro de 2019 a dezembro de 2020.
- Saiba mais
- Dark Money: Organização criminosa estava estabelecida na Sefaz de Maracaju
- Novos suplentes assumem na Câmara de Maracaju após afastamentos
- Presos na Dark Money serão encaminhados para Campo Grande
- Dark Money: Ex-prefeito e mais oito viram réus por desvio de R$ 23 milhões em Maracaju
- Dark Money: Dracco deflagra operação contra desvio de milhões nos cofres públicos em MS
- Dark Money: Funcionário público é preso pela Dracco
- Vereadores são alvos da operação Dark Money em Mato Grosso do Sul
- Dark Money: Ex-prefeito está entre os alvos de prisão temporária
Operação
Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) deflagrou a operação Dark Money, em Maracaju, para investigar um esquema criminoso que nos anos de 2019/2020, um esquema criminoso (desarticulado) acabou por desviar mais de R$ 23 milhões dos cofres públicos do município.
As ações policiais desta fase das investigações miram servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal no exercício de 2019/2020, bem como, empresários e empresas com envolvimento no esquema. A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos. Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura (licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira). Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas, operações legais que devem ser observadas pelos entes públicos.
Servidor público foi preso na segunda fase da operação Dark Money, deflagrada nesta segunda-feira, 26 de setembro. Trata-se de um funcionário público comissionado à época, apontado como peça chave no esquema que ocorreu entre novembro de 2019 e 2020.
Investigados
Ex-prefeito Maurílio Ferreira Azambuja (MDB), o ex-secretário de Finanças, Lenilso Carvalho Antunes, Daiana Cristina Kuhn, que também atuou na Secretaria de Finanças, Iasmim Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor, foram os alvos da primeira fase.