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Polícia Sábado, 27 de Outubro de 2018, 12:54 - A | A

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INVESTIGAÇÃO

Em ofício à Justiça Eleitoral, TRF3 cita “arapongagem” na Vara comandada por Odilon

Documento apresenta processos em que o juiz aposentado está sendo investigado

Leonardo Barbosa
Capital News

No ofício do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) em resposta à solicitação feita pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) sobre os processos que o Juiz Odilon (PDT) responde na Justiça Federal, informa-se sobre a existência de três procedimentos investigatórios envolvendo o juiz aposentado, mas o mais curioso é o que trata dos Autos 0026542-62.2018.4.03.800.

Assessoria/Reprodução

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De acordo com o documento que tem a data da última quinta-feira (25), “o expediente foi instaurado a partir da determinação conclusiva do Relatório da Correição Geral Extraordinária levada a cabo na 3ª Vara Criminal de Campo Grande nos dias 22 a 25 de agosto e 29 de agosto a 2 de setembro de 2016”.

 

No Ofício é citado ainda que a apuração é “no âmbito disciplinar do Juiz Federal aposentado Odilon de Oliveira, quanto à gestão e fiscalização dos trabalhos da 3ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Campo Grande; ao credenciamento, acompanhamento e descredenciamento das administradoras Anna Cláudia Barbosa de Carvalho e Alessandra Machado Alba e, em específico à relação que o magistrado detinha com Anna Cláudia e seu genitor”. Anna Cláudia é advogada e filha de Eduardo Carvalho, dono de um site de notícias que foi assassinado em frente a casa dele em Campo Grande, em novembro de 2012. Anna Cláudia era credenciada para administrar bens apreendidos por determinação do juiz Odilon de Oliveira.

 

Cita ainda que o referido Autos apura a “posse e uso de gravador ambiental, inclusive nas dependências da Justiça Federal”. Mas o documento não especifica quem estaria fazendo “arapongagem” na sede da Justiça Federal da capital. Esse esquema foi denunciado pelo ex-assessor da 3ª Vara, Jedeão de Oliveira, após ser demitido acusado de estar envolvido no sumiço de R$ 11 milhões dos cofres. Ele próprio teria sido gravado durante uma conversa após a demissão. Como todos os procedimentos correm em sigilo, não é possível obter detalhes desses casos.

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