O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, realizou a segunda fase da Operação Bolsão, batizada Padrinho, que tem o objetivo de combater a prática dos crimes de associação criminosa, corrupção, concussão e lavagem de dinheiro. As investigações até o momento já identificaram prejuízo ao fisco estadual de cerca de R$ 750 mil. A operação teve o nome de “Padrinho” porque este era o termo utilizado entre os fiscais e empresários quando se comunicavam para tratar dos pagamentos das propinas.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Aparecida do Taboado e Paranaíba, na residência e empresas dos envolvidos, além da Secretaria da Fazenda e Agência Fazendárias (Agenfa) de Paranaíba e também em Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, onde os mandados foram cumpridos com o auxílio do Gaeco do Ministério Público de São Paulo.
Nesta fase, cujos indícios de cometimento dos crimes foram colhidos durante a primeira fase da Operação Bolsão - deflagrada no início deste ano - os alvos são fiscais estaduais, empresários, contadores, entre outros envolvidos. De acordo com as informações divulgadas MP, eles se uniram para exigir propina de empresários a fim de interferir na fiscalização tributária estadual e assim fraudar o erário público.
Segundo o Gaeco, o dinheiro arrecadado por suborno transitava em contas bancárias de propriedade de familiares dos envolvidos, no intuito claro de mascarar os ganhos ilícitos. A coordenação do Gaeco ressalta ainda que “as investigações referentes à primeira fase da Operação Bolsão ensejaram o oferecimento de denúncia criminal contra todos os envolvidos, cujo processo já está em fase final de instrução processual. Com relação à segunda fase, deflagrada hoje, as investigações terão prosseguimento para o fim de análise de todo o material apreendido, inclusive celulares dos investigados”.