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Polícia Quinta-feira, 09 de Fevereiro de 2017, 13:34 - A | A

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Investigação Continua

Justiça autoriza quebra de sigilo telefônico de policial federal

Ricardo Hyun Su Moon é acusado de matar um empresário e ferir outras duas pessoas

Liniker Ribeiro
Capital News

Deurico Ramos/Capital News

Reconstituição da morte de empresário chega ao fim após 3h

 Ricardo Hyun Su Moon, policial rodoviario federal

Justiça de Mato Grosso do Sul autorizou a quebra do sigilo telefônico do policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos. Ele é acusado de matar um empresário e ferir outras duas pessoas durante uma briga de trânsito no dia 31 de dezembro de 2016.

Despacho foi proferido pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete. Porém, o pedido do Ministério Público Estadual (MPE) foi atendido parcialmente, sendo autorizada quebra do sigilo do aparelho do PRF apenas na data do crime. A perícia analisará mensagens e buscará identificar todas as pessoas que se comunicaram com a linha telefônica no dia. 

De acordo com a determinação da Justiça, um laudo de degravação das imagens da delegacia de polícia na data do homicídio deve ser feita, desde a chegada do acusado ao local, até a sua apresentação à autoridade policial.

Caso
Adriano Correia do Nascimentos, de 33 anos, foi assassinado na madrugada do dia 31 de dezembro, em Campo Grande, após sair de uma festa na companhia de dois amigos. Tudo indica que uma briga de trânsito teria motivado a ação do policial.

Adriano foi atingido por dois tiros, mas ainda conseguiu dirigir por uma quadra até perder a direção do veículo e bater em um poste de iluminação. Os dois amigos também foram atingidos por tiros disparados pelo PRF.

Ricardo havia sido preso em flagrante no momento do assassinato e solto um dia depois de ter matado o empresário. Na ocasião, o juiz José de Andrade Neto afirmou que por não apresentar antecedentes criminais, não havia indícios de que Ricardo fosse atrapalhar nas investigações e libertou o policial. Três dias depois, o Juiz voltou atrás e decretou a prisão preventiva do autor após pedido do MPE.

Já no dia 31 de janeiro, um mês após o homicídio, Ricardo teve a liberdade provisória concedida e foi liberado para retorn às suas atividades como agente da Polícia Rodoviária Federal desempenhando funções burocráticas internas.

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