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Polícia Terça-feira, 17 de Julho de 2018, 10:27 - A | A

Terça-feira, 17 de Julho de 2018, 10h:27 - A | A

Operação Swindle

PF desarticula grupo que clonou celulares de Marun e outros ministros

Criminosos aplicavam golpes pelo aplicativo de troca de mensagens WhatsApp

Flávio Brito
Capital News

Valter Campanato/Agência Brasil

“Perseguição disfarçado em inquérito”, diz Marun sobre investigação contra Temer

Ministro Carlos Marun foi vítima do golpe em março deste ano

Uma operação da Polícia Federal (PF) para combater um grupo criminoso especializado em aplicar golpes por meio da internet está em curso nesta terça-feira (17) em Mato Grosso do Sul e no Maranhão. Segundo a PF, as investigações da Operação Swindle constataram que os suspeitos clonavam números telefônicos para aplicar golpes via aplicativo de trocas de mensagens. Swindle, o nome da operação, significa fraude em inglês.

 

Em março, os alvos da investigação haviam clonado os celulares dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun e do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra, conforme as informações divulgadas pela imprensa nacional. 

 

“O grupo abria contas bancárias falsas e utilizava contas "emprestadas” por partícipes para receber valores provenientes das fraudes aplicadas em razão do desvio dos terminais telefônicos, em que os agentes criminosos se “apossavam” das contas de WhatsApp de autoridades públicas e, fazendo-se passar por estas, solicitavam transferências bancárias das pessoas constantes de suas listas de contato”, diz a nota da PF.  Foi o que ocorreu com o ministro Carlos Marun, primeiro dos ministros da ser alvo do grupo.

 

 Como mostrou o Estado de S. Paulo em março, após ser acionado via o aplicativo, um amigo pessoal do ministro se dispôs a fazer um depósito. De acordo com o ministro, quem trocava mensagens com ele recebia de volta um pedido de "um favor" seguido da pergunta se o contato possuía conta do Banco do Brasil.

 

Os policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Brasília. De acordo com a PF, os suspeitos poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa. 

 

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