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Polícia Quarta-feira, 24 de Maio de 2017, 08:56 - A | A

Quarta-feira, 24 de Maio de 2017, 08h:56 - A | A

Operação Epístola

PF faz operações em Mato Grosso do Sul contra quadrilha de Fernandinho Beira-Mar

Operação é realizada em cinco estados, mais Distrito Federal

Maisse Cunha
Capital News

Foto: Brunno Dantas/TJRJ

PF faz operações em Mato Grosso do Sul contra quadrilha de Fernandinho Beira-Mar

Traficante Fernandinho Beira-Mar, em um de seus julgamentos

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta manhã (24), mandados de prisão em cinco estados e no Distrito Federal contra a quadrilha do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. A operação é realizada em Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraíba, Ceará, Rio de Janeiro e Distrito Federal.


Ao todo, são cumpridos 22 mandados de prisão preventiva, 13 de prisão temporária, 27 de condução coercitiva e 85 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$9 milhões depositados em 51 contas bancárias e suspensão da atividade comercial de 9 empresas.

Beira-Bar, anteriormente condenado à mais de 300 anos de prisão, é acusado de comandar, de dentro do presídio Federal de Porto Velho, Rondônia, organização criminosa que atuava no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A irmã do traficante, Alessandra da Costa, está entre os envolvidos no esquema que movimentou, segundo a PF, valores superiores à R$1 milhão mensais. Os bens, atribuídos à quadrilha, advindos das atividades ilícitas, valem em torno de R$30 milhões.

Para tentar comprovar a origem dos rendimentos, a quadrilha montou um forte esquema de lavagem de dinheiro por meio de  empresas de fachada e estabelecimentos comerciais, incluindo casas de show, bares, além de aquisições e reformas imobiliárias.

A investigação acontece há mais de um ano, iniciada após os agententes penitenciários apreenderem um bilhete picotado em uma marmita na Penitenciária Federal de Porto Velho. Depois de serem realizados exames, a PF atestou que fora escrito por Beira-Mar.

 

Cerca de 50 bilhetes, classificados como extremamente sofisticados, eram usados pelo traficante para dar ordens à comparsas que estavam em liberdade.

Operação foi batizada de Epístola, em referência à denominação de textos escritos de forma coloquial em forma de carta, com objetivo, ou não, de serem enviados para obter respostas dos destinatários.

Será realizada uma coletiva de imprensa, às 10h, na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

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