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Polícia Sexta-feira, 17 de Novembro de 2017, 17:14 - A | A

Sexta-feira, 17 de Novembro de 2017, 17h:14 - A | A

Investigação

PF prende traficantes que levavam droga da fronteira de MS para o Paraná

Operação Enigma está cumprindo 67 mandados judiciais nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/PF

PF prende traficantes que levavam droga da fronteira de MS para o Paraná

 Policiais da PF durante a operação 

 

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (17) a Operação Enigma, que tem por objetivo desarticular organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de entorpecentes oriundos do Paraguai e com destino a Curitiba e região metropolitana. Cerca de 200 policiais federais estão cumprindo 67 mandados judiciais nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, sendo 37 mandados de busca e apreensão, 20 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária, todos expedidos pela Justiça Federal em Curitiba.  No Estado, a operação se concentrou em Campo Grande, onde ao menos uma pessoa foi presa, e Ponta Porã.


A Polícia Federal identificou o grupo criminoso organizado e estruturado de forma a viabilizar a aquisição de entorpecentes no Paraguai e transportá-lo clandestinamente para o país com o objetivo de abastecer, principalmente, a capital paranaense e região metropolitana.  


Durante as investigações, foram feitas várias prisões em flagrante e apreensão de entorpecente negociado pela quadrilha. Segundo o delegado Vinícius de Oliveira Binda, a quadrilha trazia a droga, em sua maioria crack e cocaína, de fornecedores do Paraguai através da fronteira com o Mato Grosso do Sul e enviava para Curitiba e cidades da Região Metropolitana. Na capital paranaense, os entorpecentes eram entregues para os distribuidores. Mensalmente, a quadrilha distribuía cerca de 200 quilos de drogas.

Ainda com o objetivo de burlar os mecanismos de controle e a ação policial, os investigados estabeleceram um sólido esquema de lavagem de ativos que envolvia a ocultação e fracionamento das operações financeiras, a utilização de laranjas para realização de negócios envolvendo bens adquiridos pelo grupo, a compra de veículos de luxo, imóveis rurais e outros de alto padrão no litoral de Santa Catarina.

Dentre os investigados, um dos responsáveis por organizar todo o grupo já foi alvo de investigação por tráfico de drogas no passado em outra ação da Polícia Federal, atuando por muitos anos como traficante de drogas.

Aos investigados estão sendo imputados, dentre outros, os crimes de tráfico internacional de entorpecentes, associação para o tráfico, associação criminosa e lavagem de ativos.  A designação do nome da operação foi estabelecida em momento inicial da investigação quando eram desconhecidos dos investigadores a estrutura de atuação e forma de comunicação do grupo criminoso alvo da investigação.

Ao longo das investigações, que iniciaram no ano passado, foram apreendidos cerca de 400 quilos de drogas, além de carros de luxo, joias, dinheiro, entre outros. Grande parte da droga era trazida para o Brasil escondida em caminhões, afirmou o delegado Binda. Sete dos presos atuavam como fornecedores e são todos da mesma família, segundo ele. O nome da operação é uma referência ao início da investigação quando eram desconhecidos dos investigadores a estrutura de atuação e forma de comunicação do grupo criminoso, ainda conforme a PF.

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