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Política Quarta-feira, 03 de Abril de 2019, 08:51 - A | A

Quarta-feira, 03 de Abril de 2019, 08h:51 - A | A

Proibição

Audiência para debater proibição de Narguilé em locais públicos acontece nesta quarta-feira

Debate havia sido adiado por conta da queima do transformador ocorrida durante a chuva do último dia 20 de março.

Flavia Andrade
Capital News

Leonardo Barbosa/Capital News

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Vereador Delegado Wellington proponente do debate

Câmara de Campo Grande realiza debate sobre a proibição do uso do Narguilé em locais públicos nesta quarta-feira (3), às 14 horas. A discussão sobre o tema foi proposta pela Comissão Permanente de Segurança da Casa de Leis, presidida pelo vereador Delegado Wellington.  

 

Devido à falta de energia ocorrida no último dia 20 de março, o debate precisou ser adiado, pois um transformador queimou durante a chuva. Durante a audiência pública estará em debate o Projeto de Lei 9.157/18, de autoria do vereador, que dispõe sobre a proibição do uso do "narguilé" em locais públicos abertos ou fechados em Campo Grande, incluindo praças, áreas de lazer, escolas, entre outros. 

 

De acordo com a proposta, “a fiscalização e aplicação das sanções pelo descumprimento da Lei ficarão a cargo dos órgãos competentes da municipalidade, podendo, inclusive, requisitar apoio da Polícia Municipal. Em caso de descumprimento, a multa será de R$ 500, dobrado o valor, em caso de reincidência. Caso menor de idade seja flagrado usando o narguile, será encaminhado ao Conselho Tutelar”. 

 

Ainda com relação a justificativa do projeto, apontam os prejuízos à saúde envolvendo tanto os fumantes de fato quanto os chamados passivos, aqueles que apenas inalam a fumaça que sai do “narguilé”. Outro argumento apresentado é relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) que demonstrou que o narguilé traz mais malefícios que o cigarro, sendo que, em uma seção de duração média de 20 a 80 minutos, expõe o fumante a componentes tóxicos equivalentes a fumar 100 cigarros. 

 

Para o vereador Delegado Wellington, proponente do debate, "essa audiência não só discutirá os malefícios do uso em si, mas o uso em locais públicos abertos, ou fechados. Desde que chegou ao ocidente, o narguilé é visto, erroneamente, por muitos como uma forma inofensiva de consumo de tabaco, pois em tese, a água filtraria os componentes tóxicos. Essas substâncias tóxicas, têm efeitos prejudiciais à saúde, aumenta, comprovadamente, sem nenhuma dúvida científica, a incidência de infarto, problemas pulmonares, disfunção erétil e vários tipos de câncer. Além disso, ao compartilhar o “narguilé” com outros usuários, a pessoa se expõe a hepatite C, tuberculose, herpes e outras doenças da boca”, conclui.

 

O narguilé vem da cultura árabe, indiana e turca, sendo um cachimbo de água muito utilizado, preparado com um fumo especial, feito com tabaco, melaço e frutas ou aromatizantes. O fumo é queimado em um fornilho e sua fumaça, após atravessar um recipiente com água, é aspirada por uma mangueira até chegar a boca.

 

Estudos apontam que a quantidade de nicotina inalada com o narguilé é o dobro da inalada pelo consumo do cigarro normal, causando uma dependência ainda maior, além disso, o cigarro é consumido em cinco ou dez minutos, enquanto o narguilé, geralmente utilizado socialmente na roda com os amigos, é fumando por até duas horas seguidas, intensificando a quantidade de nicotina. 

 

Serviço – A Audiência será na quarta-feira, dia 3 de abril, a partir das 14 horas, no Plenário Oliva Enciso, na sede da Casa de Leis, localizada na Avenida Ricardo Brandão, nº 1.600, Bairro Jatiúka Park. 

 

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