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Política Quarta-feira, 10 de Maio de 2017, 14:24 - A | A

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Operação Lava Jato

Bumlai diz que Marisa não queria que Lula soubesse sobre escolha de terreno para Instituto

Depoimento foi dado ao juiz Sérgio Moro nesta terça-feira (09)

Mariana Castelar
Especial para o Capital News

Heinrich Aikawa/Instituto Lula

Lula e Marisa Letícia

Lula e sua esposa Marisa Letícia

Nesta terça -feira (09), o pecuarista José Carlos Bumlai afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que a ex-primeira dama Marisa Letícia teria pedido para que ficasse em segredo uma eventual compra do terreno para o Instituto ligado ao ex-presidente. Ele negado participar da transação por ‘falta de condições financeiras’.


Bumlai depôs como testemunha de acusação do ex-presidente na qual Lula ele é acusado de aceitar a compra, pela Odebrecht, de terreno onde seria construída a sede do Instituto Lula, o que acabou não se concretizando.


De acordo com o depoimento divulgado pelo site do Estadão, Bumlai onta que teria explicado a ex-primeira dama que não teria condições financeiras porque estava ajudando eu filho.


Nesta denúncia, a propina – equivalente a porcentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobrás e a Construtora Norberto Odebrecht S/A -, totaliza R$ 75.434.399,44, segundo o Ministério Público Federal, que teria sido repassado a partidos e a políticos que davam sustentação ao governo de Lula especialmente o PT, o PP e o PMDB, bem como aos agentes públicos da Petrobrás envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro.


Ao depor, o empresário José Carlos Bumlai deixou claro que Lula jamais solicitou qualquer intervenção sua objetivando a aquisição do imóvel e que lhe foi pedido que não comentasse esse assunto com Lula.
Outro depoente, o arquiteto Marcelo Carvalho Ferraz, esteve na Rua Haberbeck com a diretoria do Instituto Lula, que lhe pediu a avaliação do local , entre outros que estavam sob análise , para abrigar o Memorial da Democracia. O imóvel não preenchia as condições necessárias, tanto assim que o arquiteto reconheceu ter feito um projeto para sediar o museu em um imóvel no centro de São Paulo, que era objeto de um processo de concessão pela prefeitura, após a aprovação, pela Câmara, de um projeto de lei do então prefeito Gilberto Kassab.


De acordo com o Estadão, o proprietário do imóvel, Mateus Cláudio Baldassari, disse não conhecer Lula e que o processo de compra e venda em questão não tem qualquer vinculação com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), e que a transação não apresentou qualquer especificidade que pudesse lhe despertar a atenção, foi tão somente uma transação imobiliária.

Nota de defesa de Lula


Os depoimentos de José Carlos Bumlai, Mateus Claudio Baldassari e Marcelo Carvalho Ferraz colhidos hoje pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba deixam patente que prestei tão somente assessoria jurídica no processo de aquisição do imóvel da Rua Haberbeck Brandão, 178, Vila Clementino (SP). No contexto de minha expertise no Direito, atuei para solucionar intrincados problemas jurídicos que envolviam o citado imóvel e dificultavam sua venda.
Assessorei inicialmente Glaucos da Costamarques e, posteriormente, solucionadas as intrincadas pendências jurídicas, novamente o assessorei na revenda do referido imóvel para a DAG Construtora Ltda.


Diante da intenção desse meu cliente de revender o imóvel, houve, nesse interregno, sugestão de aquisição pelo Instituto da Cidadania, que viria a ser sucedido pelo Instituto Lula. Porém, após análise, não houve interesse na compra pelo Instituto;
O exercício da advocacia não é crime, ao contrário do que tentam fazer crer certos membros da Operação Lava Jato.


Roberto Teixeira
António Claudio Mariz de Oliveira ( Advogado de Roberto Teixeira)

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