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Política Quinta-feira, 22 de Fevereiro de 2018, 18:32 - A | A

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Eleições 2018

Caso seja eleito, pré-candidato do PDT garante priorizar perfil técnico para o secretariado

Juiz Odilon garantiu que pastas como segurança pública e saúde ficaram livres de indicações políticas

Flávio Brito
Capital News

Deurico/Capital News

Caso seja eleito, pré-candidato garante priorizar perfil técnico para o secretariado

Pré-candidato cita a segurança como uma das áreas prioritárias para escolha de secretário com perfil técnico

O pré-candidato ao Governo do Estado, Odilon de Oliveira (PDT),  deve priorizar um perfil técnico na hora de montar seu secretariado, caso vença o pleito desde ano. Para o pré-candidato, há pastas que podem ser chefiadas por políticos, mas outras devem ser lideradas por técnicos e pessoas que entendam do assunto e da área.

 

“Segurança Pública, por exemplo, não pode de forma alguma ser política. Tem que entender e ser da área. Assim como na Saúde, tem que ser técnico e entender de gestão na área de saúde também”, avaliou o pedetista, nesta quinta-feira (22), em coletiva de imprensa convocada para anunciar a criação dos chamados “Núcleos de Base”, grupos de discussão que vão funcionar em todas as regiões de Campo Grande e em cidades do interior de Mato Grosso do Sul, para debater as demandas locais e elaborar propostas para o plano de governo. 

 

Segundo o pré-candidato, a intenção é criar 700 núcleos, com pelo menos 10 membros. O trabalho será subordinado à coordenação de campanha.  O pré-candidato tem a intenção de se apresentar pessoalmente e dar posse aos membros durante a campanha. Os núcleos devem subsidiar inclusive as ações do mandato, já que há a pretensão de que eles sejam mantidos após as eleições, caso o pedetista conquiste a vaga de chefe do Executivo estadual. 

 

Ainda de seu futuro secretariado, no caso da segurança pública, Odilon citou a intenção de contar com pessoas ligadas às forças de segurança, com foco na área de inteligência policial e a integração e o compartilhamento de informações. O juiz aposentado esclareceu que é contrário ao discurso armamentista. “Eu tenho permissão para usar arma, mas prefiro não usar”, disse Odilon, se referindo a necessidade de preparo técnico e psicológico para o emprego de armas. 

 

Momento de humor

Durante a coletiva, Odilon comentou sobre a “Chapa dos Sonhos” elencada pelo ex-governador e também pré-candidato ao Governo do Estado, André Puccinelli (MDB), que colocaria o juiz federal aposentado como vice e o atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), em uma vaga para o Senado.

 

“O ex-governador com certeza estava brincando quando falou isso. Foi um momento de humor. Ele não nos representa algo novo, até porque é ex-governador. A minha chapa dos sonhos seria comigo a frente e alguém que se encaixe naqueles critérios de lisura que comentei”, disse, ao se referir ao fato de impor “uma uma única cláusula para essas parcerias”.  A de “não se misturar a pessoas envolvidas notoriamente com corrupção”, enfatizou Odilon.

 

Escolta

Mesmo já aposentado como juiz federal, Odilon tem direito a escolta da Polícia Federal, por deliberação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). E conforme ele, deve se manter assim por toda campanha.

 

“Quando vou à fronteira também há um reforço da Polícia Civil local e da Polícia Rodoviária Federal. No caso de ser eleito, acredito que não haverá mais necessidade, pois o Estado tem condições de fazer essa proteção”, afirmou, lembrando que é escoltado há 20 anos. Segundo ele, este fato ainda lhe causa “constrangimentos”, mas não o faz por vaidade. “Dediquei a minha vida ao combate ao crime e abri mão da minha segurança definitiva”, disse

 

Por fim, com um grande sorriso, disse que se sente mais “livre” e comentou algumas diferenças da vida como político e como juiz. “Dá para sentir a diferença. Na política não tomamos decisões sozinhos, mas como juiz não posso fazer manifestações políticas. E fico até feliz com isso agora, mais livre. Adquiri liberdade de expressão”, disse. Segundo ele, comemora toda vez que percebe que pode agora fazer coisas que antes seriam crimes, como ir até um órgão público e reclamar um direito - ato que antes da aposentadoria seria classificado como tráfico de influência.

 

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