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Política Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2017, 18:36 - A | A

Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2017, 18h:36 - A | A

Inédito na Câmara

CPI do Táxi vai pedir condução coercitiva de testemunhas que faltaram a depoimento

Pelo menos 11 dos 14 intimados para depor na na próxima sexta-feira (15) sejam conduzidos

Flávio Brito
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

Foto ilustrativa de táxi, taxista

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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades na prestação do serviço de Táxis em Campo Grande vai pedir legalmente que pelo menos 11 dos 14 intimados para depor na 

na próxima sexta-feira (15) sejam conduzidos coercitivamente. A decisão foi tomada na tarde desta segunda-feira (11), durante oitiva em que estavam previstos 24 depoimentos. Será a primeira que uma CPI recorre a este tipo de pedido judicial. 

 

Câmara Municipal de Campo Grande

CPI do Táxi vai pedir condução coercitiva de testemunhas que faltaram a depoimento

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“Apenas 14 deles foram intimados pessoalmente, os demais não foram localizados”, explicou o presidente da Comissão, vereador Vinicius Siqueira (DEM). Apenas dois proprietários de alvarás estiveram presentes na Câmara Municipal nesta tarde. Além do advogado Gabriel Duarte de Oliveira, representante do Sindtaxi (Sindicato dos Taxistas de Campo Grande),  que compareceu para apresentar a justificativa informal de que alguns tiveram problemas de saúde ou seus familiares e, por isso, não foram. 

 

De acordo com o vereador, a justificativa não foi feita formalmente, sendo assim, os faltantes ainda serão processados pelo crime de desobediência. A Comissão já tinha pelo menos 90% do relatório finalizado quando, às vésperas de encerrá-lo, os membros observaram grande concentração de alvarás nas mãos de dois grandes grupos familiares, informou a assessoria de imprensa de Siqueira, em nota enviada à imprensa. 

 

O primeiro a ser ouvido nesta segunda foi o taxista Salvador de Souza Sandim. Durante seu depoimento, ele explicou que a família é, de fato, muito grande e afirmou não conhecer pessoalmente muitos dos intimados. No entanto, reconheceu o sobrinho e o irmão como detentores de alvarás. Ele atua como taxista em Campo Grande há 28 anos e seu alvará é originário, ou seja, nunca foi de outra pessoa. 

 

Antonio João Barbosa Sandim é sobrinho de Salvador e depôs em seguida Apesar de estar em um mesmo ponto há 5 anos, com outros taxistas de mesmo sobrenome, ele afirma não conhecer as pessoas citadas. 

 

A CPI tenta confirmar se os donos de alvarás são da mesma família e porque a concessão foi dada a um grupo tão grande de pessoas com o mesmo sobrenome. Vários outros trabalhadores do setor aguardam pela oportunidade de terem também seus alvarás e seguem no ofício como auxiliares ou os famosos “curiangos”, motoristas que dirigem para os proprietários das concessões, informou a assessoria do presidente da Comissão. 

 

Diante da dificuldade em identificar o parentesco dos permissionários, a Comissão, que deseja finalizar o inquérito ainda este ano, optou pela condução coercitiva e para isso deverá pedir o apoio do Judiciário e, se possível, da polícia, conforme a assessoria do vereador.

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