Divulgação/Assembleia de MS
Delegado da PF falou a membros da CPI do Cimi, durante reunião da Comissão nesta quarta-feira
O delegado da Polícia Federal, Marcelo Alexandrino de Oliveira, que presidiu o inquérito policial que culminou na ordem de reintegração de posse da Fazenda Buriti, em Sidrolândia, em 2013, ocasião em que houve a morte do indígena Oziel Gabriel, disse na tarde desta quarta-feira (2) a integrantes da CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) que membros do Cimi teriam instigado os indígenas a continuar na área invadida e a resistirem a ordem judicial.
“Efetivamente os integrantes do Cimi instigaram os indígenas a continuar na área invadida e a resistirem à ordem judicial. Inclusive no inquérito os indígenas foram indiciados por formação de quadrilha”, afirmou o delegado.
Marcelo Alexandrino também falou que “se não fosse a incitação do Cimi, com certeza os indígenas teriam saindo da fazenda de forma pacifica e em consequência disso a morte do indígena Oziel teria sido evitada”.
O delegado assegurou aos membros da CPI, aberta para investigar suposta incitação, por parte do Cimi, de invasões de propriedades rurais no estado por indígenas, que na ação de reintegração de posse da Fazenda Buriti foram aprendidas armas de fogo e que uma delas seria de fabricação caseira.
O policial também disse que na mesma operação um militante do Cimi foi preso de posse de um manual que ensinava como fabricar bombas caseiras.
Marcelo Alexandrino também sugeriu que organizações criminosas, que visam se apropriar de grandes propriedades rurais no país, podem estar agindo em parceria com indígenas nesse sentido.
“O inquérito (envolvendo a Fazenda Buriti) mostra que há essa possibilidade sim”, admitiu o policial.