O Deputado Federal Carlos Marun (PMDB), presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados, se encontrou, nesta segunda-feira (15/5) com o Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), Sérgio Longen, para discutir alguns pontos da Reforma da Previdência, articulada pelo presidente Michel Temer (PMDB).
Segundo o parlamentar, os pontos do projeto original considerados prejudiciais pelos trabalhadores na reforma da Previdência não existem mais: “o que existe hoje é um substitutivo, é um novo projeto, aprovado na Comissão que, não só mantém o ajuste fiscal, que na verdade existe necessidade de um ganho fiscal, mas que atenua e torna muito menos abrupta, digamos, a implantação dessa reforma”, garante Marun.
A impopular reforma divide opiniões até da própria bancada do PMDB, partido do ex-deputado, agora cassado, Eduardo Cunha. Segundo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do governo na Casa, a reforma não passa pois é “exagerada”. De acordo com o alagoano, a medida trata “desiguais de forma igual”.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), em trâmite na Câmara, prevê, entre outros pontos, que homens e mulheres só poderão se aposentar com 65 anos de idade e o tempo mínimo de contribuição para pedir a aposentadoria será de 25 anos. A aposentadoria integral só será concedida após 49 anos de contribuição.
Para aprovar a Reforma da Previdência, são necessários 308 votos, em dois turnos. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, revelou, também, na tarde de ontem, que não há data para a nova votação.