Victor Chileno/ALMS
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Durante a sessão desta terça-feira (21), o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) utilizou a tribuna para criticar a postura do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) quanto às reformas que quer implementar.
Para o parlamentar, é necessário um profundo debate sobre as medidas, o que não estaria sendo realizado. Na segunda-feira (20), o governador encaminhou para a Casa de Leis a reforma administrativa no executivo e a PEC para controle de gastos em todos os poderes.
Conforme o governador, as medidas foram elaboradas para reduzir gastos. Azambuja declarou anteriormente que, devido à atitude da Petrobras em reduzir a importação de gás natural boliviano, as contas do estado foram afetadas. O ICMS do gás contribui com a receita estadual.
Ainda na tribuna, Cruz questionou se o governo estadual tomou atitudes suficientes para solucionar o impasse com o ICMS do gás, acreditando que mais medidas devem ser feitas para a conta “não ser paga pelo servidor”.
Ele disse que a justificativa do governador para implementar as reformas, é “verdadeira”, no entanto, não seria uma situação nova. “O ICMS do gás vem caindo desde que o governador assumiu o governo, faz mais de dois anos que o ICMS do gás vem mês a mês diminuindo”, disse. Na visão do deputado, o executivo deveria ter tomado atitudes que tivessem resultado. “Tinha que ter mobilizado, levado à praça pública essa discussão, porque afeta a todos os moradores do estado, não somente os servidores”.
Cruz também comentou sobre a reforma da previdência, que conforme informado na segunda-feira (20) pelo governador deve chegar à Casa de Leis em março. “Nós não estamos falando de qualquer coisa, é de aumentar de 11% a 14% por cento a alíquota para servidores”, disse. Até o momento, o Azambuja não confirmou à imprensa de quanto será a alíquota, alegando que o cálculo está em fase de estudos.
Deputado Beto Pereira (PSDB), aliado de Azambuja na Assembleia, defendeu o governador e disse que “está havendo uma mobilização de toda a classe política” na questão do ICMS do gás.
Nesta quarta-feira (22), o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, deverá explicar aos deputados o projeto que irá limitar os gastos públicos.