Na sessão desta quarta-feira (7) da Assembleia Legislativa, os deputados elegeram os cinco nomes que vão representar os mais de 70 mil servidores que ficaram sem reajuste salarial pelo segundo ano consecutivo no estado.
A comissão, formada pelos deputados Paulo Siufi (PMDB), Coronel David (PSC), Mara Caseiro (PSDB), Renato Câmara (PMDB) e Cabo Almi (PT), para intermediar o diálogo com o governador Reinaldo Azambuja para atender a demanda dos servidores e galgar, ao menos, a reposição da inflação.
Além dos deputados, fazem parte da comissão representantes do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) , Giancarlo Miranda, da Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais oriundos do quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros Militares (ABSSMS),Thiago Mônaco, do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Sintess), Ricardo Bueno, da Associação dos Funcionários do Detran (Sindetran), Octacílio Sakai e da Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems) Jaime Teixeira.
O presidente da Comissão, Paulo Siufi, propôs a atuação dos parlamentares para cobrar explicações junto ao Executivo. "Vamos reunir alguns deputados, chamar os sindicalistas e ir até o governo saber o porquê do não aumento, até porque é preciso dar transparência a essa discussão", afirmou.
De acordo com o deputado Coronel David “temos que buscar sempre o diálogo, por isso estou intermediando junto ao governo do Estado para que as negociações sejam reabertas. Na área de segurança pública, solicitei para que sejam implementadas as propostas das entidades e dos comandos da instituição, incluindo propostas de reestruturação das carreiras da Policia Militar e do Bombeiro Militar. Estou junto da categoria a fim de conseguirmos mais melhorias para a carreira dos militares”, revelou o membro da comissão.
Protestos
Na sessão de ontem (6), houve protesto na ALMS, convocado, após o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o secretário de Estado de Administração, Carlos Alberto Assis, anunciarem, na quinta-feira (1), que não haverá reajuste salarial dos servidores pelo segundo ano consecutivo. O motivo alegado foi a crise econômica e a redução na arrecadação do Importo sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), uma das principais fontes de receita do estado.
Policiais civis estão acampanhados desde a manhã de hoje, em frente à Governadoria, por tempo indeterminado. Segundo o presidente do sindicato da categoria “não temos mais como confiar em um governo que só mente e não valoriza aqueles que estão nas ruas combatendo a criminalidade com as próprias vidas”, disse Giancarlo Miranda.