Campo Grande Sábado, 20 de Abril de 2024


Política Terça-feira, 06 de Fevereiro de 2018, 16:18 - A | A

Terça-feira, 06 de Fevereiro de 2018, 16h:18 - A | A

Política nacional

É ‘surreal’ que um candidato condenado lidere as pesquisas, diz Marun

Falando em evento, ministro chegou a comparar a situação do atual presidente à vivida pelo ex-presidente Getúlio Vargas

Flávio Brito
Capital News

 

Agência Brasil

É ‘surreal’ que um candidato condenado lidere as pesquisas, diz Marun

Ministro pediu apoio da imprensa para dar esclarecimentos sobre a reforma da Previdência

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, culpou a falta de credibilidade da Justiça para justificar a liderança do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas, mesmo depois de ser condenado em segunda instância. 

 

Segundo Marun, essa situação é “estranha e surreal” e mostra a falta de credibilidade da Justiça provocada pelo ativismo político de juízes.Depois, o ministro explicou que não se trata de uma defesa do ex-presidente Lula. E ponderou que a lei é clara e não permite que condenados em segunda instância sejam candidatos.

 

Reforma da Previdência 

O ministro disse ainda nesta terça-feira (6) que o governo "só trabalha com um plano A", que é o de votar e aprovar a reforma da Previdência ainda em fevereiro. “É tudo ou tudo”, disse, ao apontar a imprensa como "aliado importante " no sentido de melhor esclarecer a necessidade da reforma. “Falta pouco tempo, mas falta pouco voto. É difícil, mas não é impossível”, disse em um evento promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig).

 

Segundo Marun, o governo precisa obter mais 40 ou 50 votos dos indecisos para garantir a aprovação da matéria. De acordo com o ministro, os esclarecimentos que a mídia vem dando sobre o assunto têm sido relevantes para o convencimento geral. “As editorias econômicas dos principais órgãos de imprensa estão sendo esclarecedores em suas informações. Este é um aliado importante que temos”, acrescentou, conforme texto publicado pela Agência Brasil.

 

Temer comparado a Getúlio

Marun aproveitou o encontro para destacar alguns avanços recentes do país, do ponto de vista econômico, e lamentou o fato de, mesmo em meio "a resultados positivos", o presidente Michel Temer ser vítima de uma "conspiração asquerosa que buscava, em função de interesses mesquinhos, retirá-lo do poder”.

 

O ministro chegou a comparar a situação do atual presidente à vivida pelo ex-presidente Getúlio Vargas pouco antes do suicídio, em 1954. Referindo-se a Temer, Marun disse que, em alguns aspectos, ele sofreu “o maior ataque e a maior barragem de artilharia de notícias mentirosas e negativas que um governo já sofreu aqui no país".

 

"Por muito menos do que isso, o presidente Getúlio Vargas deu um tiro no peito, e ele era um homem valente. Esta é a realidade. O presidente Temer, com aquele jeito que muitos pensam ser frágil, mostrou ser duro como uma rocha e frio como um iceberg”.

 

Defesa de Cristiane Brasil 

O ministro criticou também decisões tomadas recentemente pelo Judiciário brasileiro, que acabaram por colocar em risco a administração e a economia do país. Referindo-se à dificuldade que Temer vem tendo para conseguir nomear a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o cargo de ministra do Trabalho, Marun disse que o caso “atropela um princípio básico da democracia”, que é a independência dos poderes. “Mas o governo Temer não vai vacilar na defesa de suas prerrogativas”, acrescentou.

 

 

 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS