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Política Terça-feira, 15 de Março de 2016, 13:11 - A | A

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Devolução

Em acordo de colaboração premiada, Delcídio do Amaral vai pagar multa de R$ 1,5 milhão

Ministro do STF argumentou que delação não será usada como prova e acusações deverão ser apuradas

Adriel Mattos
Capital News*

Arquivo Capital News

Delcídio do Amaral

Delcídio do Amaral

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) vai pagar multa de R$ 1,5 milhão em razão de crimes assumidos por ele no acordo de colaboração premiada firmado dentro da operação Lava Jato, que investiga um suposto esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A homologação do acordo veio nesta terça-feira (15) pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A delação tem 21 termos que apontam crimes praticados dentro do Palácio do Planalto, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Ministério de Minas e Energia (MME) e Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras), de acordo com o portal G1.

“Tal acordo foi firmado com a finalidade de obtençăo de elementos de provas para o desvelamento dos agentes e partícipes responsáveis, estrutura hierárquica, divisăo de tarefas e crimes praticados pelas organizações criminosas”, escreveu Teori na decisão.

Zavascki deixou claro que o acordo não é prova e que todos os fatos vão ser investigados. “Não e demais recordar que o conteúdo dos depoimentos colhidos em colaboração premiada năo é por si só meio de prova, até porque descabe condenação lastreada exclusivamente na delaçăo de correu”, declarou.

Acusações
Entre as acusações, o senador apontou Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção da empresa estatal Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras), que agiu pessoalmente para barrar as investigações da Lava Jato e que ordenado pagamentos para tentar comprar o silêncio de testemunhas.

Sobre Dilma, o petista afirmou que, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, ela sabia que havia um esquema de superfaturamento por trás da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Em relação a Aécio Neves; presidente nacional do PSDB, senador por Minas Gerais e candidato derrotado à Presidência da República nas eleições gerais de 2014; de acordo com a revista Veja, Delcídio aponta que, enquanto foi governador de Minas Gerais, o tucano tentou ocultar dados da quebra de sigilo do Banco Rural, que demoraram a ser enviados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, em 2005.

 

Leia na íntegra o acordo de colaboração premiada de Delcídio do Amaral

 

 

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*Com informações do portal G1 e da TV Globo

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