Assessoria/Câmara Municipal
A vereadora Cida Amaral (PTN) foi a proponente do tema e é presidente da Comissão
As Comunidades Terapêuticas para Tratamento de Dependência Química devem encaminhar pedido de contemplação das comunidades para órgãos de saúde e assistência social da Rede Municipal. A solicitação encaminhada foi feita na audiência pública realizada pela Comissão Permanente de Assistência Social e do Idoso, nesta quarta-feira (26), na Câmara Municipal de Campo Grande.
“Parece redundante, mas muitos preferem colocar este tipo de assunto para debaixo do tapete e algumas vezes, parece um jogo de empurra, mas não é. Um exemplo é um levantamento que fizemos que, onde 80% dos moradores de rua são usuários de algum tipo de droga ilícita, 10% têm problemas mentais e outros 10% são migrantes, que vieram de algum estado tentar a vida aqui, mas não obtiveram êxito”, expôs a secretária municipal de Assistência Social, Maria Angélica Fontanari de Carvalho.
De acordo com a vereadora Cida Amaral (PTN), “esse é um ponto importante de luta destas instituições que tentam ajudar na recuperação de tantos que precisam, mas que não dispõe de recursos para engaria o local de atendimento”.
Um dos pontos abordados na reunião é a dificuldade de captação de recursos para estas instituições. A secretária Maria Angélica enfatizou que muitas vezes fica “amarrada ao SAS para tomar alguma atitude, e isso se deve a leis federais, que diz que tratamentos não são com a gente e sim com a pasta de saúde”.
Durante a audiência algumas pessoas que receberam tratamentos em Comunidades Terapêuticas ressaltaram a importância das instituições. Neivã Garcia, de 56 anos diz que teve problemas com álcool por 40 anos e realizou o tratamento na Fazenda Esperança, onde foi voluntariamente. “ Percebi que precisava mudar e para isso tinha que tomar uma atitude. Depois de conhecer a filosofia do local, aceitei Jesus e consegui me refazer. Estou há 3 anos em recuperação, ou seja, sem colocar uma gota de álcool na boca”, declarou.