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Política Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2017, 15:56 - A | A

Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2017, 15h:56 - A | A

Declarações polêmicas

Em nota, Marun rebate críticas à declaração sobre empréstimos e reforma da Previdência

“Assisti a citada entrevista e desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que financiamentos estão condicionados ao apoio à necessária reforma”, disse o ministro

Flávio Brito
Capital News

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em nota, Marun rebate críticas à declaração sobre empréstimos e reforma da Previdência

Marun disse que é preciso discutir apoio à reforma da Previdência com governadores e todos os agentes públicos

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, negou nesta quinta-feira (28) que tenha condicionado a liberação de recursos para os governadores ao comprometimento deles na busca de votos para aprovar a reforma da Previdência. Em nota, o ministro rebateu críticas às suas declarações da última terça-feira (27), de que teria pedido aos governadores, que aguardam financiamentos de bancos públicos, “reciprocidade” sobre a reforma previdenciária.

 

“Assisti a citada entrevista e desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que financiamentos estão condicionados ao apoio à necessária reforma da Previdência. Afirmei, como reafirmo, que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de contribuir neste momento histórico da vida da nação”, declarou, em nota.

 

Marun fala sobre apoio de governadores a reforma da previdência

“Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo. E, nesse sentido, entendemos que deve, sim, ser discutido com esses governantes, alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência”, disse o ministro, em entrevista concedida aos jornalistas em Brasília. A entrevista chegou a ser transmitida ao vivo e pode ser revista na página de Marun na rede social Facebook.

 

Marun não confirmou que os contratos de financiamento só serão liberados após a votação da reforma, mas afirmou que o governo espera o apoio dos governadores quando o assunto é a reforma da Previdência. “Realmente, o governo espera daqueles governadores que têm recursos, financiamentos a serem liberados uma reciprocidade no que tange à questão da Previdência”, disse.

 

Contudo, o ministro afirmou ainda que vai dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, "pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita”.

 

Para Marun, a reação contrária ao seu posicionamento parte “daqueles que querem continuar omitindo a participação do governo federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos” e que buscam resultados eleitorais. Citando como exemplo a repactuação das dívidas, o parcelamento do débito da Previdência e o parcelamento da multa no processo de repatriação de divisas, o ministro ressaltou que o governo sempre prestigiou e apoiou os estados e municípios.

 

Ontem (27), foi noticiado que um grupo de governadores do Nordeste encaminhou uma carta ao presidente Michel Temer repudiando o pedido de Marun de “reciprocidade” com relação à reforma da Previdência, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

 

 

Leia a íntegra da carta divulgada pelos governadores do Nordeste

"Os governadores do Nordeste vêm manifestar profunda estranheza com declarações atribuídas ao Sr. Carlos Marun, ministro de articulação política. Segundo ele, a prática de atos jurídicos por parte da União seria condicionada a posições políticas dos governadores.

 

Protestamos publicamente contra essa declaração e contra essa possibilidade, e não hesitaremos em promover a responsabilidade política e jurídica dos agentes públicos envolvidos, caso a ameaça se confirme.

 

Vivemos em uma Federação, cláusula pétrea da Constituição, não se admitindo atos arbitrários para extrair alinhamentos políticos, algo possível somente na vigência de ditaduras cruéis. Esperamos que o presidente Michel Temer reoriente os seus auxiliares, a fim de coibir práticas inconstitucionais e criminosas.

 

Governadores do Nordeste"

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