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Política Terça-feira, 26 de Dezembro de 2017, 12:46 - A | A

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PREVIDÊNCIA

Fábio Trad se declara contrário à Reforma e Marun deve voltar à Câmara para votação

Parlamentar recém-empossado elencou seis razões para barrar a proposta na Câmara Federal

Flávio Brito
Capital News

Câmara dos Deputados

Fábio Trad se declara contrário a Reforma e Marun deve voltar à Câmara votação

Trad lembrou da necessidade de se fazer a cobrança de grandes devedores da Previdência para justificar posicionamento

O deputado federal Fábio Trad (PSD) já se posicionou quanto a reforma da Previdência pretendida pelo governo do presidente Michel Temer (MDB). Falando aos eleitores de Mato Grosso do Sul, o parlamentar, recém-empossado na vaga aberta pelo agora ministro Carlos Marun, elencou seis razões para barrar a proposta na Câmara Federal. A votação está prevista para fevereiro de 2019.

 

“Após estudos e análises a respeito do conteúdo proposto pelo governo federal a respeito da Reforma da Previdência, comunico ao povo de MS que sou contrário ao texto proposto pelo governo”, antecipou Trad.

 

“O propalado deficit previdenciário esconde a crônica má gestão da previdência; antes de penalizar os cidadãos contribuintes, há de se reavaliar as renúncias previdenciárias fruto da desoneração da contribuição previdenciária de vários setores da economia; o governo deve extinguir a DRU sobre o orçamento da seguridade social; 65 anos de idade não me parece uma idade razoável para o brasileiro se aposentar com remuneração integral, uma vez que em várias regiões do país a expectativa de vida mal chega aos 65 anos”, escreveu Trad. 

 

“O governo deve cobrar os devedores da previdência antes de mutilar os direitos adquiridos dos que contribuem, hoje em torno de R$ 190 bilhões; o governo deve combater a sonegação fiscal antes de violar direitos dos trabalhadores. Por essas e outras razões, sou contra a reforma”, finalizou.

 

Por conta da postura já antecipada, o ministro Marun deve retornar ao seu posto na Câmara para a votação da reforma. O Planalto usou a mesma estratégia em outras oportunidades. No episódio mais recente, o Diário Oficial da União de dia 20 de outubro deste ano trouxe os decretos assinados pelo presidente da República com a exoneração de oito ministros de Estado.

 

Os ministros exonerados participaram da votação, em plenário, referente a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Temer. À época, os decretos de exoneração constavam os nomes dos seguintes ministros: Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo e que foi substituído por Carlos Marun; Leonardo Picciani, ministro do Esporte; Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho; Sarney Filho, do Meio Ambiente; Marx Beltrão, do Turismo; Maurício Quintella Lessa, dos Transportes; Mendonça Filho, da Educação; e Bruno Araújo, das Cidades, cargo que hoje é ocupado por Antônio Baldy.

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