Deurico Ramos/Capital News
Em reunião à portas fechadas com a Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) e com representantes do Fórum de Servidores, realizada na tarde de hoje (9), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pediu prazo para tomar uma decisão sobre o reajuste salarial dos servidores.
Após mais de duas horas de conversa, ficou decidido que haverá uma nova mesa de negociação no dia 3 de julho, para definir de que forma será feita a reposição salaria e se ela realmente pode acontecer.
De acordo com o deputado Cabo Almi (PT), membro titular da comissão, existe um indicativo, a possibilidade, através de encaminhamento que depende de resultados, que na próxima reunião, com o Fórum de Servidores e demais deputados, saia o reajuste pleiteado.
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Azambuja alegou que há a previsão de entrada de algumas receitas no caixa do governo, e caso não haja o compremetimento da folha, anunciará o reajuste da perda salarial dos servidores do ano de 2016.
O deputado Paulo Siufi (PMDB) afirmou que “o governador deixou claro que está buscando recursos através de uma conta que se paga ao BNDES, de financiamentos que foram feitos, e está buscando através da perda de receitas do gás, condições de fazer esse reajuste.
E complementa que “os servidores deram esse prazo, esticaram as negociações, agora vamos ver de que forma, no dia 3 de julho, ele apresenta para as categorias e para nós deputados estaduais. Nós entendemos que há uma dificuldade muito grande, isso ficou latente, mas ele está emprenhado em buscar essas melhorias para reposição salarial, pelo menos aquilo que eles perderam com a inflação”, reitera.
Segundo Almi, “nós acreditamos que governo use o bom senso, os servidores estão no prejuizo, com salários defasados, e que ele de fato apresente para a comissão de deputados e ao Fórum de Servidores, uma proposta que possa, de fato, convencer o Fóruma voltar para a base e convencer os trabalhadores de não fazer a greve geral”, disse.
Protestos
Cerca de 200 manifestantes estiveram presentes na sede do governo. Munidos com faixas, cartazes, nariz de palhaço, trio elétrico, o grupo criticou veementemente a política de isenções fiscais do governo Azambuja. Eles reforçaram que, em Mato Grosso do Sul, até gado é melhor tratado que servidor.
Sem reajuste
No dia 31 de maio, o secretário de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto Assis, anunciou que os mais de 70 mil servidores estaduais ficariam sem reajuste salarial. Na oportunidade, o governo alegou não haver recursos em caixa para atender as categorias.
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