Marun afirma que decisão que mandou Puccinelli para a cadeia é absurda

Reprodução/FM Capital 95,9

Carlos Marun (MDB) em entrevista nesta sexta-feira

O ministro-chefe da Secretaria do Governo da Presidência da República, Carlos Marun (MDB), participou de uma entrevista na manhã desta sexta-feira, na rádio Capital FM, em Campo Grande. Marun falou sobre temas polêmicos como a prisão do ex governador André Puccinelli, às vésperas das eleições; da troca de candidatos ao Governo do Estado pelo MDB e sobre sua atuação no Palácio do Planalto.

Prisão de Puccinelli

Ao ser questionado sobre o assunto, o ministro Carlos Marun contestou a decisão que mandou prender o ex governador do MS, André Puccinelli. “É uma decisão, no mínimo, equivocada. André não tem condenação nenhuma. Nem denunciado ele foi e está preso, em um momento em que era o presidente do partido, nosso candidato, articulava com as coligações, assumia a liderança nas pesquisas… É um absurdo! O processo eleitoral no MS está comprometido”, disse o ministro.

Marun ainda afirmou que mesmo que um suposto recurso do MDB consiga a soltura de Puccinelli, ele não será mais candidato. “André não é mais o candidato ao governo, porque está posto uma evidente perseguição. As eleições no MS estão maculadas”, completou.

Simone assume a candidatura

O ministro fez questão de reforçar que Simone Tebet, será a candidata do partido daqui para frente, mas ressaltou que essa não era uma situação esperada. “A Simone está preparada para disputar a eleição, mas é um grande quadro, ela não discutiu alianças, não se preparou e nós temos uma campanha curta, estamos há menos de 60 dias das eleições. É uma situação extremamente difícil”, comentou.

Atuação em Brasília e baixa popularidade

Marun também falou sobre o seu trabalho como ministro do Planalto. “Governo Temer não tem nenhum erro. Nós temos hoje uma alta impopularidade, resultado de uma obsessão da mídia brasileira pela desconstrução. Até porque a desconstrução da ibope. Não houve corrupção no Governo Temer. A única coisa que nós não conseguimos avançar foi com a reforma da previdência”, disse.

Futuro fora da política

Com alta rejeição entre eleitores do estado, Marun afirmou que vai tentar se manter afastado da política. “Eu tenho uma vida como engenheiro que me dá condições para que minha família viva bem, então eu vou tentar ficar afastado da política, mas eu conheço gente em Brasília que tentou se afastar e não conseguiu. É difícil pra mim, afinal, eu sou político o tempo todo”, finalizou o ministro.