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Política Sexta-feira, 29 de Dezembro de 2017, 15:31 - A | A

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INSS

“Pensões serão cortadas”, afirma Temer, em caso de rejeição de reforma

Em entrevista, presidente argumenta que não será possível pagar vencimento de servidores se não houver mudanças na Previdência

Flávio Brito
Capital News

Marcos Corrêa/PR

Michel Temer

Michel Temer disse que vai apoiar o candidato que continuar trabalho em prol de reformas

O presidente da República Michel Temer foi severo ao falar sobre de se não aprovar a Reforma da Previdência. O presidente foi questionado sobre a possibilidade de a proposta passar pelo Congresso e ser sancionada por ele. As declarações foram dadas durante entrevista ao jornalista Domingos Fraga, colunista do portal R7. “O povo está percebendo a indispensabilidade da Reforma da Previdência. Percebendo que ela não é “bicho papão”, que vai manter as pensões. Caso contrário, se não fizermos a reforma da previdência, o que vai acontecer é que as pensões serão cortadas; o vencimento dos servidores públicos será cortado como aconteceu em outros países”.

 

Além de analisar os resultados para Regime Geral de aposentadorias, Temer disse ter “convicção” quanto a aprovação do texto com votação marcada para 18 de fevereiro de 2019. “Tenho convicção de que sim. Porque a reforma protege os mais pobres e exclui aqueles (só dando um exemplo: os trabalhadores rurais, os que recebem o Benefício de Prestação Continuada, esses estão todos excluídos) e, portanto, só abrange aqueles que ganham acima do teto da Previdência Social. Mesmo esses que ganham R$ 25, 30 mil poderão fazer uma previdência complementar para garantir a integralidade. Acho que isto já está muito bem acolhido pela população”, respondeu o presidente. 

 

Em texto publicado no portal, o colunista do R7 lembra que a reforma é rejeitada pela maioria dos brasileiros e que tem efeito direto sobre a popularidade do presidente, que extremamente baixa. Fraga questiona o que é possível fazer para elevar os índices de aceitação junto a população brasileira. “Fazer o que estou fazendo. Não me incomodar com a questão da popularidade, porque ela virá. A popularidade virá pelo reconhecimento e as primeiras medidas que nós tomamos não são medidas populistas e, aparentemente, podem até parecer impopulares”, lembrou Temer. 

 

Apesar disso, fez questão de enfatizar que as medidas são consideradas prioritárias para a retomada do crescimento e que a popularidade virá assim que forem percebidos os efeitos positivos dos planos do governo. Segundo Temer, a mudança de cenário já começa a acontecer. “Quando houver o reconhecimento, a popularidade subirá. Aliás, há poucos dias, dando uma entrevista coletiva, eu até fiz uma brincadeira dizendo que a minha popularidade cresceu 100%, ou seja, subiu de 3% para 6%. Parece que não é nada, mas se continuar subindo nesse ritmo, o reconhecimento virá logo”, sentenciou.

 

O titular do Palácio do Planalto ainda foi questionado político em 2018 e os encaminhamentos para possíveis apoiados por eles nas eleições. Temer voltou a condicionar a aprovação das medidas planejadas por seu governo para garantir aval ao candidato que quiser tomar seu lugar. Quem é o seu candidato à presidência da República, perguntou Fraga. “É aquele que acolher, prestigiar, incentivar, elogiar e praticar as reformas que estamos fazendo no nosso governo. E, evidentemente, se outras reformas ainda demandarem execução, que elas venham a ser feitas no próximo governo. Esse será o meu candidato à Presidência da República”, indicou Temer. 

 

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