Campo Grande Quarta-feira, 24 de Abril de 2024


Política Sábado, 11 de Março de 2017, 10:11 - A | A

Sábado, 11 de Março de 2017, 10h:11 - A | A

ICMS do gás

Petrobras pede uma semana para solucionar crise do gás em MS

Estatal reconhece perda de ICMS e desequilíbrio nas contas do estado

Natália Moraes
Capital News

Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

Petrobras pede uma semana para solucionar crise do gás em MS

Encontro com presidente da Petrobras reuniu bancada federal e governador

Após encontro com integrantes da bancada federal e com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta sexta-feira (10), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, reconheceu que a diminuição do bombeamento do gás boliviano fez a arrecadação de ICMS do estado cair.


Conforme o governador, a estatal se comprometeu em dar um posicionamento em uma semana. “Primeiro o reconhecimento de não ter avisado a Mato Grosso do Sul que iria diminuir o bombeamento do gás boliviano. Segundo foi a promessa e o pedido de uma semana de prazo para que ele (Pedro Parente) dê uma resposta a Mato Grosso do Sul de uma solução”, disse Azambuja.

 

Participaram da reunião os senadores Waldemir Moka (PMDB), Simone Tebet (PMDB) e Pedro Chaves (PSC); os deputados federais Tereza Cristina (PSB), Geraldo Rezende (PSDB) e Dagoberto Nogueira (PDT); o presidente da Assembleia Legislativa de MS, deputado Junior Mochi (PMDB); presidente da Associação dos Municípios de MS (Assomasul), Pedro Arlei Caravina (PSDB); o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck e o diretor-presidente da MSGás, Rudel Trindade.


A principal reivindicação do governo estadual é o pagamento do ICMS sobre o volume total previsto no contrato, sobre a importação de 24 milhões de m³. O governo aponta que, desde 2015, os valores arrecadados com ICMS em operações com gás natural estão em queda. A baixa nominal é de 26,11% na comparação 2016 (R$ 952 milhões) com 2014, quando foram arrecadados mais de R$ 1,3 bilhão.


Para 2017, a projeção é pior. Conforme balanço da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), tomando como base o volume de 14 milhões de m³ de gás natural bombeados diariamente em janeiro e fevereiro, há uma arrecadação nominal de R$ 436,5 milhões, revelando queda nominal de arrecadação de 54,14% em relação a 2016.


Ainda quanto à crise do gás, o governo estadual propôs uma reforma administrativa com redução de secretarias, cortes de cargos comissionados, dentre outras medidas, aprovadas pelos deputados estaduais em 2ª votação na última quinta-feira (9).


Entenda
Todo ICMS arrecadado com a importação do gás natural da Bolívia pela Petrobras fica com Mato Grosso do Sul, condição que favoreceu a situação financeira do estado por muitos anos.


Em 2014, a importação do gás representava 18,18% da arrecadação total do ICMS do estado, mas foi mudando nos anos sequintes. Em 2015, o percentual caiu para 16,60% e em 2016 a baixa foi para 11,51%, sendo que para 2017 projeção otimista indica que a arrecadação represente 5,67% do total do ICMS arrecadado em Mato Grosso do Sul.


A queda da arrecadação do ICMS do gás começou a ganhar força em meados de novembro de 2016, quando a Petrobras iniciou a expansão da produção nacional de gás natural, com início das operações de produção de óleo do Pré-Sal, optando por usar o gás brasileiro em vez do combustível importado da Bolívia. A Petrobras optou em injetar no gasoduto produto nacional em detrimento ao gás importado da Bolívia. (com assessoria)

Comente esta notícia


Colunistas LEIA MAIS