Assessoria Prefeitura de Campo Grande
Prefeitura firma acordo com diretoria da Santa Casa para repasse de R$ 18 milhões nesta quinta-feira (12)
A Prefeitura de Campo Grande depositará R$ 18 milhões referentes ao mês de dezembro para a Santa Casa, conforme anúncio feito nesta quinta-feira (12). O Município também aguarda uma auditoria para o repasse de R$ 2 milhões para a alta complexidade. Com a verba, o convênio com a instituição foi prorrogado até março deste ano, data que será feita a renovação anual.
“Vamos fazer o repasse da produção de dezembro, em torno de R$ 18 milhões, e só não vamos regularizar o mês de dezembro por causa de recomposição administrativa, contábil e financeira. Não fosse isso, todos os pagamentos já seriam honrados hoje”, disse o prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Com o repasse, os funcionários da enfermagem da Santa Casa encerraram ainda nesta manhã uma paralisação realizada para pressionar o pagamento dos salários. Conforme a assessoria da instituição, o dinheiro estará nas contas amanhã (13).
Presente na reunião, o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, disse que agora há uma parceria da entidade com o Município para melhorar a saúde de Campo Grande. Na antiga gestão, a diretoria da Santa Casa e a Prefeitura viviam um impasse contratual. Ainda, o hospital, tido como uma das referências em alta complexidade na Capital esteve a ponto de fechar por conta da crise financeira.
Segundo a assessoria da prefeitura, Marquinhos buscará o governo estadual para ampliar o repasse para a Santa Casa. Antes, conforme o prefeito, os recursos eram divididos igualmente entre os poderes. Hoje, o Município repassaria R$ 4,6 milhões e o Estado R$ 2,5 milhões, de acordo com o gestor.
A Prefeitura também tenta solucionar o problema de repasses com o Hospital do Câncer. Conforme o secretário de saúde, Marcelo Vilela, as conversas estão adiantadas e um acordo similar ao da Santa Casa deve ser feito.
Repasse ilegal
Além do “clima de guerra” entre a Santa Casa e a gestão anterior da Prefeitura, há indícios de um repasse que teria sido feito de forma ilegal. Conforme o secretário de Orçamento e Finanças, Pedro Pedrossian Neto, a antiga administração repassou R$ 3,2 milhões referentes ao mês de outubro para a entidade. No entanto, o pagamento foi feito sem orçamento suficiente nos cofres municipais.
“É quase como que uma pedalada fiscal no caso da Santa Casa, que é uma irregularidade, fazer um pagamento sem empenho”, disse o secretário.
