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Política Terça-feira, 16 de Janeiro de 2018, 13:54 - A | A

Terça-feira, 16 de Janeiro de 2018, 13h:54 - A | A

Segurança pública

Presos por crimes federais custam R$ 127,3 milhões ao Estado por ano

Em artigo, governador Reinaldo Azambuja fala sobre a violência agravada pela falta de ações do governo federal para as fronteiras do país

Flávio Brito
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

Incineração de drogas

Apreensão de drogas tem batido recordes de apreensão, com mais de 400 toneladas em 2017

Presos que cumprem pena por crimes federais custam a Mato Grosso do Sul R$ 10,6 milhões ao mês. São R$ 127,3 milhões ao ano. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), expõe, em artigo divulgado no painel “tendências/debate” do jornal Folha de São Paulo nesta terça-feira (16), a situação da fronteira, em relação à criminalidade. O tráfico de drogas é apontado pelo chefe do Executivo Estadual como um dos principais gargalos para a segurança pública do Estado.

 

No texto, Reinaldo afirma queas fronteiras estão escancaradas, contexto que ele chamou de “porta da violência”. “Estamos, mais uma vez, batendo na mesma tecla em busca de uma solução para o problema da superpopulação carcerária, causada pelo recrudescimento da violência, que tem como suas causas principais o tráfico de drogas e o tráfico de armas”.

 

Reinaldo, em seu artigo, apresenta dados gerados pela criminalidade e os custos para o Estado. Segundo o governador, “em seis anos, de 2012 a 2017, as apreensões de drogas saltaram de 87 toneladas para 427 toneladas. De um lado, impediu-se que grande volume de drogas chegasse às regiões metropolitanas”.

 

Seguindo o texto, ele diz que, de outro lado, o número de presos, incluindo sentenciados por tráfico de armas e outros crimes transnacionais, chegou a 7.246, elevando a população carcerária para 16.224 presos que estão cumprindo pena em um sistema penitenciário com capacidade para 7.327 condenados”. 

 

“Cerca de 40% dos presos custeados pelo Estado foram sentenciados por crimes federais. Essa massa carcerária custa a Mato Grosso do Sul R$ 10,6 milhões ao mês. São 127,3 milhões ao ano”, informa o governador sobre o impacto sobre os cofres.

 

“Acreditamos que a cooperação do Governo Federal deve levar em conta nossa proposta de atacar o problema em sua raiz. É preciso fechar as fronteiras, evitar a entrada de drogas e armas. Coibir a entrada de drogas por nossas fronteiras é muito mais eficaz do que mobilizar as forças de segurança para a apreensão de drogas nos centros consumidores”, afirma.

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