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Política Sexta-feira, 07 de Dezembro de 2018, 17:12 - A | A

Sexta-feira, 07 de Dezembro de 2018, 17h:12 - A | A

Solução

Reunião na ALMS pode definir Recuperação e navegabilidade da Bacia do Rio Taquari

Evento reúne prefeitos, ambientalistas, ruralistas e representantes do poder público

Flavia Andrade
Capital News

Luciana Nassar/WagnerGuimarães/ALMS

Reunião na ALMS pode definir Recuperação e navegabilidade da Bacia do Rio Taquari

Evento reúne prefeitos, ambientalistas, ruralistas e representantes do poder público

Parceria entre o deputado estadual Junior Mochi e o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, promoveram uma reunião técnica para definir os eixos temáticos para investimentos na Bacia do Rio Taquari, por meio do Programa Nacional de Conversão de Multas Ambientais. O evento reúne prefeitos, ambientalistas, ruralistas e representantes do Poder Público.    

 

Segundo deputado estadual Junior Mochi,“Trata-se de um momento histórico para todos aqueles que atuam na defesa do Rio Taquari. Além de entupido de areias, o rio está entupido de projetos. Foram poucas as ações práticas para resolver o mais grave problema ambiental e socioeconômico de Mato Grosso do Sul. E elas não tiveram soluções. Hoje, temos a certeza que o rio será salvo, pois existe o Programa de Conversão de Multas para financiar a recuperação da Bacia do Taquari”, diz Mochi.

 

Para Carlos Marun, “Com esse instrumento, as multas podem ser reduzidas em até 60%. O Ibama tem um passivo de multas de R$ 30 bilhões e, hoje, são mais de R$ 2,5 bilhões em caixa. Bacias do Rio São Francisco e áreas em processo de desertificação na Bacia do Rio Parnaíba foram as primeiras beneficiadas pelo programa. A Bacia do Rio Taquari será a terceira a receber os serviços financiados”, afirma. 

 

Já o governador do Estado, Reinaldo Azambuja apontou que, “A conversão foi uma decisão muito inteligente por parte do Governo Federal. A contratação de um bom projeto, envolvendo planície e planalto, irá reparar e corrigir este desastre ambiental. Se nada for feito, vamos afetar todo o Pantanal. Existe recurso no fundo que possibilitará a recuperação do meio ambiente” destaca Azambuja.

 

Segundo o Ibama, cerca de oito mil multas são apliacadas por ano, somando R$ 4 bilhões anuais de punições. Os pagamentos, em média, não ultrapassam 4% do valor. Conforme a chefe da Divisão de Captação de Recursos e Projetos Especiais do Ibama, Ana Beatriz de Oliveira, o Programa Nacional de Conversão de Multas Ambientais evita a judicialização de processos e garante efetivos serviços ambientais.

 

O assoreamento do Rio Taquari já inundou permanentemente 1,3 milhão de hectares, grande parte na planície de Corumbá. A morte da mata ripária, a decadência da atividade pecuária, a redução da navegação e da pesca e o êxodo dos pequenos agricultores ribeirinhos são consequências deste desastre ambiental.

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