Foi realizada ontem (29), mais uma audiência pública para falar sobre o novo contrato entre a Prefeitura de Três Lagoas e a SANESUL. A ex prefeita e vice governadora eleita, Simone Tebet (PMDB), se colocou favorável ao acordo, apesar de considerar a empresa ruim. Ela assumiu a responsabilidade de defender os interesses da cidade diante da empresa.
A idéia desta audiência pública, na parte da manhã foi idéia de Simone. Ele solicitou para que pudesse estar presente. Ex prefeita do município, enxerga o novo contrato como a única alternativa no momento, já que a administração municipal não possui condições de assumir o serviço e a privatização é algo desconsiderado por ela.
Simone Tebet assumiu a responsabilidade de cuidar da água de Três Lagoas. “Eu que vou mandar na SANESUL em Três Lagoas. Não será o governador. Como vice-governadora poderei estar lá cobrando para que se cumpra o que estiver no contrato. Isso se a população quiser, se preferir privatizar iremos privatizar, mas não terei o poder para ajudar.
“Eu não estou pedindo para darem um voto de confiança para a SANESUL, porque ela não merece. Ruim com ela pior sem ela. A melhor opção seria a municipalização, mas não temos condições, da onde sairão os R$ 59 milhões, que serão investidos nos próximos cinco anos. Se a empresa não cumprir com as clausulas, o contrato será rescindido”, disse Simone sobre a dificuldade do município em cuidar do saneamento.
Durante as discussões sobre o novo contrato, por várias vezes, inclusive na audiência desta manhã foi levantada a hipótese de uma licitação. Apoiada na lei, Simone, que é advogada e foi professora de direito praticamente descartou a possibilidade. “A legislação diz que não é necessária licitação para contrato entre empresas públicas”.
“Sou contra a privatização, como a da ALL (América Latina Logística), que toma conta, melhor dizendo não toma conta da malha ferroviária de Três Lagoas. Não concordo em entregar o serviço nas mãos de quem não conhece a cidade”, falou a futura vice governadora.
O novo contrato prevê um investimento de R$ 138 milhões para os próximos 30 anos e de acordo com Simone, a empresa não terá lucro em Três Lagoas. De acordo com dados obtidos por ela, com a direção da empresa, o faturamento anual na cidade é de R$ 3,6 milhões, mas ela “arredondou” para R$ 4 milhões para deixar ainda mais clara sua posição. Esse valor em 30 anos somaria R$ 120 milhões, ou seja inferior ao montante que seria investido. (Com informações do Perfil News)
