As lideranças sindicais e de federações que representam trabalhadores de diversos segmentos em Mato Grosso do Sul prometem realizar uma “guerra” para barrar a reforma da previdência proposta pelo governo Michel Temer (PMDB).
Estão previstos acampamentos em frente às residências de deputados e senadores do estado favoráveis à reforma. Além disto, os manifestantes pretendem expor os parlamentares nos sites das entidades, outdoors e outras mídias. A estratégia foi traçada após reuniões feitas principalmente na Capital, com o objetivo de “impedir que o trabalhador brasileiro pague com sua vida o ônus da Previdência no País”.
“Nossos parlamentares precisam ouvir a voz do povo, que vai para as ruas mostrar sua indignação com essa proposta miserável que tentam implantar no país”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores em MS (CUT/MS), Genilson Duarte.
Ainda nesta semana, a Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) e a Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (Fetems) decidiram pela paralisação geral na educação em apoio à greve nacional, que ocorre na próxima quarta-feira (15). O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) já declarou que o movimento é “injustificável” e que tomará medidas rígidas contra os grevistas.
O Governo Federal justifica a mudança alegando que a previdência é deficitária e que a reforma seria necessária para equilibrar as contas. Todavia, conforme os sindicatos, a União não levaria em conta toda receita arrecadada pela previdência para fazer o cálculo, contabilizando apenas a contribuição previdenciária e os benefícios pagos.
“O trabalhador brasileiro não pode e não deve pagar com a sua vida às mudanças na Previdência Social. Além disso, o Governo esconde a verdade do povo, pois os números confirmam que não existe rombo na Previdência”, disse José Lucas da Silva, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).