Quatro anos depois de inaugurado, o Centro Tecnológico do Couro (na Embrapa Gado de Corte da Capital, na saída para Aquidauana) recebe a implementação dos laboratórios técnicos. A ativação deve ser até, no máximo, daqui 90 dias, diz o governador André Puccinelli (PMDB). Durante o discurso, na cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira, 19, ele fez uma recomendação. “Pedi para a Tereza Cristina [Correa da Costa, secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo] para ir ao Vale dos Sinos (no Rio Grande do Sul) e na região de Franca (no interior paulista) – que são os de maior visibilidade desta area no Brasil – para trazer empresas para cá.” André ainda afirmou sua melhor arma para tentar trazê-las a Mato Grosso do Sul: “Para aquelas que trabalham todas as fases do couro, vamos dar até 90% de isenção no ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços].
São 300 mil peles de couro ao mês, segundo a secretária Tereza Cristina. “Esses novos laboratórios, vão trazer credibilidade e seriedade ao setor em Mato Grosso do Sul”, disse.
"Vamos criar a marca do couro do Pantanal para levá-lo até a Europa", diz André.
Indústrias a serem procuradas podem ser de calçados ou de outro tipo de manufatura (com as de chapéus)
Foto: Deurico/Capital News
CTC
Este é o primeiro da Região Centro-Oeste. “Nem Mato Grosso, nem Goiás, tem isso aqui”, diz André. O retardamento para ativar o estabelecimento foi por falta de recursos, segundo o governador. “É que tudo depende de grana. Sem grana, não dava.” Foram investidos R$ 1,2 milhão.
O governador lembrou do caso da Braspeco, que “ficou a meio mastro” nos investimentos devido à falta de laboratórios, segundo ele. “Nós não tínhamos como oferecer isso a elas”, diz André referindo-se às máquinas a serem disponibilizadas às indústrias, como outra que citou, o frigorífico Bertin.
A reestruturação do local foi proposta pela Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul). Segundo levantamentos da entidade, há estimava de que aproximadamente 90% das 300 mil peles mensais produzidas no Estado seja processada até a fase wet blue (a primeira das cinco do processo de industrialização). Quando o couro passa por todo o processo de industrialização, podemos agregar 100% de valor a ele, se comparado ao valor de mercado da primeira fase, segundo Ivo Scarcelli, presidente do CTC.
No dia 31 de agosto, começa o curso de operador em processos industriais de curtimento de couro, na modalidade de aprendizagem industrial, em parceria entre a Fiems, Embrapa e o Senai.
Por: Marcelo Eduardo - Capital News
