A Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ ) lançaram campanha pelo pagamento do boi pelo peso do animal vivo.
De acordo com Chico Maia, presidente da Acrissul, a mudança traria mais segurança para o criador que ficaria sabendo quanto receberia na hora que o gado saísse da fazenda. Atualmente, o pecuarista recebe pelo rendimento de carcaça, ou seja, por quantos quilos o boi pesou após retirado o couro e outras partes.
Maia, via assessoria de imprensa, explica que quando a carne vai ser destinada para a França, por exemplo, retira-se mais a gordura, que é deixada de fora do cálculo, já quando é para outro mercado, que prefere carne gorda, o corte é diferente, deixando o produtor sem saber quanto vai ganhar.
De acordo ele, uma opção para diminuir o problema, é classificar os animais quando ainda vivos, pagando-se a mais por aqueles que apresentarem melhor condição corporal, como é feito pelo estado do Rio Grande do Sul e países como Argentina, Uruguai e Paraguai.
O presidente da ABCZ, , José Olavo Borges Mendes, também via assessoria, afirmou que irá se reunir com os sindicatos da região do Triângulo Mineiro e com os frigoríficos para discutirem o assunto. “O criador quer produzir com qualidade, e ele faz isso. Agora, precisa ser remunerado adequadamente.”
Maia acrescentou que precisa existir uma relação de transparência na cadeia da carne por questão de respeito ao consumidor. “Ele tem de saber o porquê o produtor recebe R$ 2,40 pelo quilo do carne, e ele tem de pagar até R$ 16,00”, disse, via assessoria.
Por: Nadia Nadalon-estagiária - (www.capitalnews.com.br)
