A possibilidade da criação de um corredor sanitário na região sul do Estado para a circulação de gado paraguaio é motivo de debate entre o Governo de Mato Grosso do Sul e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) hoje, às 11h30, na Governadoria. O corredor permitiria a importação legalizada de gado do Paraguai para abate em frigoríficos de MS na região da fronteira com aquele país.
A Acrissul argumenta que que isso, além do risco sanitário que pode oferecer ao rebanho sul-mato-grossense, também coloca a pecuária do Estado sob risco de enfrentar uma concorrência até desleal do ponto de vista de mercado. De acordo com nota divulgada por sua assessoria, o presidente da Acrissul, Chico Maia, alerta que a questão tributária que precisa ser esclarecida, "sobre a que tipo de taxações esse gado será submetido, ou até mesmo se esse corredor permitiria, por exemplo, se rebanhos destinados a corte vindo do Paraguai poderia passar por Mato Grosso do Sul em direção a outros estados".
O outro lado
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), esclareceu na semana passado que realmente estuda a possibilidade de criar um corredor sanitário na Zona de Alta Vigilância (ZAV) na região de fronteira com o país vizinho, o Paraguai. A consulta sobre a possibilidade de "importação legalizada" de gado em pé da Província do Alto Paraguai para abate no Estado foi feita ao Ministério da Agricultura (MAPA) e também à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que autorizaram, ainda não oficialmente, a criação do corredor.
A importação acontecer de fato deve haver um consenso entre os governos Federal, do Paraguai e do Estado, sendo que o governo paraguaio ainda não foi comunicado oficialmente. (Com informações da Acrissul)