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Rural Sábado, 22 de Agosto de 2009, 13:54 - A | A

Sábado, 22 de Agosto de 2009, 13h:54 - A | A

André diz que indígenas preferem governo à Funai

Jefferson da Luz - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Na manhã de hoje durante a posse da nova diretoria da Famasul, o governador André Puccinelli (PMDB) disse em entrevista ao Capital News que os indígenas de Mato Grosso do Sul, no que diz respeito à assistência, preferem o governo do Estado a Funai (Fundação Nacional do Índio).

“Façam uma pesquisa entre os indígenas, para saber quem eles preferem. Vão mandar a Funai (Fundação Nacional do Índio) às favas, preferem o governo do Estado, porque vem há meses entregando patrulha mecanizada, dentro do Programa Aldeia Produtiva”.

A declaração foi feita durante a cerimônia de posse da nova diretoria da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

Segundo o governador, o Estado é o único que apóia as nações indígenas, e citou algumas das ações que o governo vem fazendo em benefício destes povos. “Cerca de 15 mil cestas básicas, sete escolas, e mais três em construção, com o apóio do MEC [Ministério da Educação], sem a participação da Funai”, frisou.

Ele voltou a dizer que a questão indígena em Mato Grosso do Sul não é apenas a falta de terra e citou que os Kadiwéu, os quais têm 528 mil hectares e não saíram da miséria. De acordo com Puccinelli, para que a questão se resolva é preciso de terra, programas e ações para que o índio se incorpore como cidadão pleno.

Interferência - O governador ainda comentou sobre uma possível interferência de organizações governamentais que estariam envolvidas nas questões indígenas de estaduais.

“Tem muita gente dando palpitando, mas que, sequer, estiveram em uma aldeia. Quantos destes organismos internacionais foram à aldeia Japorã ou à Porto Lindo, [...]?”, questionou. “O André já esteve em quase todas”, completou.

Puccinelli lembrou que os produtores que estão na mira do Funai para terem suas terras desapropriadas agiram de boa-fé e que têm os títulos das propriedades, os quais foram emitidos pela União.

“O sujeito gastou seu dinheirinho, cultivou sua terra, construí sua casa e vai ser expropriado. O governo uma hora diz que ele é proprietário da terra cedendo o título, e depois a tira. Expropriação é dolo e não vamos permitir”, argumenta.



Por: Jefferson da Luz - (www.capitalnews.com.br)

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