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Rural Sexta-feira, 15 de Maio de 2009, 16:29 - A | A

Sexta-feira, 15 de Maio de 2009, 16h:29 - A | A

Cadeia da ovinocultura de MS será apoiada pelo MAPA

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve apoiar financeiramente projetos para consolidar a cadeia produtiva da ovinocultura sul-mato-grossense. A informação é do Chefe da Divisão de Avicultura e Suinocultura do Ministério, Alisson Luis Lima, que encerrou na noite desta quinta-feira (14) na Capital, sua visita técnica de três dias, onde percorreu os principais elos da cadeia no Estado.

Segundo Lima, que também é membro Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos do Mapa, durante a visita foi possível constatar o trabalho conjunto e integrado existente entre diversas instâncias governamentais, científicas e produtivas da ovinocultura sul-mato-grossense.

“Poucos estados têm esta organização, interesse e envolvimento de tantos órgãos em prol da ovinocultura”, declarou durante reunião realizada na sede da Seprotur (Secretaria de Produção), com a presença de técnicos do Estado, da Câmara Setorial Estadual, indústria, produtores, universidades e órgãos de pesquisa.

Dentre as iniciativas em que o Ministério da Agricultura já demonstra especial interesse estão o projeto “Ovelha Nativa”, que é voltado ao melhoramento genético da raça adaptada às condições de clima e rusticidade do Estado para torná-la ainda mais viável economicamente, e ações estruturantes para a consolidação de todos os elos da cadeia produtiva. “Ações que apóiem ainda mais os núcleos de pequenos e grandes produtores já existentes em Campo Grande, Dourados, Corumbá, São Gabriel do Oeste e nos demais municípios”, declarou.

Ainda de acordo com Lima, embora não se possa assegurar o valor e a data da liberação dos recursos, há disponibilidade no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo para o custeio de diversas ações. “A cadeia deve apontar qual estratégia será adotada”, orientou.

Para o coordenador da câmara setorial de ovinocultura da Seprotur, Fernando Miranda de Vargas Junior, ainda esse ano o Estado deverá enviar até cinco projetos. Ele também não esconde o otimismo desta primeira interlocução do Ministério da Agricultura com a cadeia local. “O interesse do Ministério nos surpreendeu e acreditamos em novas e promissoras parcerias”, comemorou.

O coordenador da câmara setorial não esconde o potencial do setor que atualmente conta com rebanho de 450 mil ovelhas, do qual, 300 mil são matrizes. Para ele, embora a quantidade de animais existentes seja suficiente para viabilizar economicamente mais de um frigorífico, ainda é preciso combater a informalidade, apoiar a indústria e os produtores de cordeiros de qualidade.

Fernando acredita que o grande salto quantitativo e qualitativo do Estado será dado com o aprimoramento da raça nativa. Ele revela que estes animais possuem condições reprodutivas para oferecer até duas vezes mais cordeiros que as demais raças no mesmo período.

“A criação do Estado já deu um grande salto, mas nosso grande trunfo quantitativo e qualitativo será o aprimoramento genético da raça nativa”, revela, adiantando que as pesquisas já demonstram que a raça introduzida e adaptada gradualmente na região ao longo de quase duzentos anos, tem gerado bons animais de corte a custos altamente competitivos.

 

 

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