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Rural Quarta-feira, 20 de Setembro de 2017, 13:45 - A | A

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Agropecuária

Censo percorrerá 357 mil quilômetros quadrados de MS com investimento de R$ 780 mi

Lançamento em âmbito local ocorreu na manhã desta quarta-feira (20) na Assembleia Legislativa

Flávio Brito
Capital News

Victor Chileno/ALMS

Censo Agropecuário vai 357 mil quilômetros quadrados de MS com investimento de R$ 780 mi

Reunião contou com a presença do presidente nacional do IBGE, Roberto Ramos (ao microfone)

Estado com base econômica no agronegócio, o Mato Grosso do Sul fará parte do novo projeto de Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de outubro. Os 79 municípios de Mato Grosso do Sul serão visitados e mapeados, por 550 pessoas contratadas e 346 recenseadores que vão percorrer 357 mil quilômetros quadrados. Agricultura familiar também entra na pesquisa que deve gerar informações detalhadas do Estado. No total, serão investidos R$ 780 milhões para a realização do censo que vai atualizar os dados dos últimos 10 anos.

O lançamento em âmbito local ocorreu na manhã desta quarta-feira (20) na Assembleia Legislativa que, por meio de seu presidente, deputado Junior Mochi (PMDB), confirmou apoio ao projeto que vai atualizar os dados dos últimos dez anos do setor no país. De acordo com o IBGE, o Brasil realizou o seu primeiro Censo Agropecuário em 1920. Em 1936, foi fundado o Instituto, que passou a ser o responsável pela realização dos Censos do país. Neste ano será realizado o 11º Censo Agropecuário, que vai também dimensionar os níveis de áreas cultiváveis e, futuramente, ainda enriquecer a produção de indicadores ambientais.

Segundo o presidente do IBGE, Roberto Luis Olinto Ramos, os dados serão captados de forma digital e integrados com mapas de geoprocessamento. “Estamos usando tecnologia de ponta que permitirão bases estatísticas e científicas com detalhes nunca antes permitidos. Teremos amostragens que, em um futuro próximo, poderão implementar novos estudos específicos para cada área que o agro abrange e para conseguirmos o máximo de informações completas todo apoio é bem vindo”, agradeceu Roberto Luis.

“O IBGE é um órgão altamente confiável e nós sabemos que qualquer política pública sem o dispositivo prévio da realidade local nos leva ao insucesso. Por isso, ações como este Censo são necessárias para implementarmos políticas efetivas aos municípios, que alcancem o êxito, e é nisso que essa base agropecuária vai agregar e muito ao trabalho dos administradores e legisladores”, destacou Junior Mochi.

O deputado João Grandão (PT) questionou se a base de dados irá contemplar assuntos ligados à agricultura familiar. O presidente do IBGE explicou que sim e que, basicamente, as perguntas dos agentes censitários serão qual a produção da propriedade, como a comercializa, quem trabalha, o que consome, como se informa, entre outras, que permitirão ter um mapa brasileiro de endereços rurais e como é feito o uso da terra. “Será um instrumento que poderá valorizar e avançar muito nas questões ligadas à agricultura familiar”, comemorou o deputado João Grandão.

O evento também contou com a participação dos deputados Onevan de Matos (PSDB), George Takimoto (PDT), Felipe Orro (PSDB) e representantes do Governo e entidades ligadas ao agronegócio. O coordenador de Economia e Estatística da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Daniel Massen Frainer questionou se o Censo dará abertura aos dados do mercado de trabalho agropecuário. O presidente do IBGE respondeu que sim e que haverá espaço para ferramentas conjuntas com o sistema de emissão de notas fiscais digitais, de forma a avançar nessa estatística e reverter em mais divisas aos Estados.

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